28/07/2020 às 21h26min - Atualizada em 28/07/2020 às 21h26min
Brasil fecha 1,19 milhão de vagas de trabalho no 1º semestre de 2020
O Ministério da Economia, informou nesta terça-feira (28) que a economia brasileira fechou 1,19 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, esse é o pior resultado para o primeiro semestre desde 1992.
"E é natural que isso aconteça também. É a maior crise da história do país, com os respectivos impactos em termos de mercado de trabalho”, disse Bruno.
O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. No semestre foram registrados 7,9 milhões de desligamentos e 6,7 milhões de novas admissões. No mesmo período de 2019, o saldo havia sido positivo. Na época, foram criadas 408 mil vagas, o melhor resultado desde 2014. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O mercado de trabalho, assim como toda a economia, sofreu diretamente o impacto da pandemia do novo coronavírus. Para o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, os números de junho indicam uma retomada da economia no país.
"Eu posso trazer indícios claros que nós já iniciamos a retomada, que no mercado de trabalho ela é muito forte, e podemos surpreender o mundo, como o nosso ministro [Paulo Guedes] tem dito", afirmou o secretário.
Após divulgação dos dados, a equipe econômica afirmou em uma entrevista coletiva que a desaceleração do desemprego registrada em junho gera perspectivas positivas para os próximos meses. Bianco atribuiu o resultado a ações do governo na pandemia para manutenção do emprego, como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (Bem).
"São duas coisas fundamentais. A melhora da economia, de a gente começar a ver uma retomada, e a preservação de empregos causada pelos benefícios, especialmente o Bem, medidas de créditos. E mais um elemento fundamental, a prorrogação do Bem. As pessoas podem fazer mais 2 meses de suspensão e mais um mês de redução. Perspectivas muito positivas da economia nos próximos meses", afirmou o secretário.
Vitória Borges
