08/01/2022 às 09h45min - Atualizada em 08/01/2022 às 09h45min

Covid: Rio já tem dobro de casos de dezembro

A cidade do Rio de Janeiro atingiu hoje a marca de 12.422 casos confirmados de covid-19 nos primeiros sete dias do ano. O número já é mais que o dobro de todos os casos de dezembro, quando 5.811 pessoas testaram positivo para a doença.

Em meio ao avanço da ômicron, outro índice que registra aumento —em ritmo mais lento— é o de internações: no início da semana, 25 pessoas estavam internadas na rede pública municipal contra 43 na tarde de hoje (13 pacientes estão na fila por leitos). Os dados são da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) e ainda estão em atualização.

Ontem, a capital fluminense atingiu a maior média de casos de toda a pandemia: 1.987 registros diários nos últimos sete dias. Antes, a maior média verificada fora de 1.983, no dia 16 de agosto.

No último pico de casos, a taxa de positividade (31%) era menor do que hoje (43%) —ou seja, mais pessoas fizeram testes em agosto (naquela semana, foram feitos 46 mil testes; nesta, cerca de 36 mil).

Os dois momentos epidemiológicos são similares. Em agosto, o prefeito Eduardo Paes (PSD) classificou a cidade como "epicentro da variante delta" no Brasil. Hoje, a variante ômicron, mais transmissível, domina os casos na cidade.

A principal diferença, entretanto, é o número de óbitos, graças ao avanço da vacinação. No outro pico de casos, a média móvel de óbitos era de 72; hoje é zero. O índice calcula quantas mortes aconteceram diariamente, em média, nos últimos sete dias na cidade. Atualmente, a cidade do Rio de Janeiro tem 94,6% da população acima de 12 anos com esquema vacinal completo.

A análise dos casos considera a data do início dos sintomas, ou seja, todos os casos de janeiro são de pessoas que relataram ter sentido os efeitos da doença nesta semana.

Pressionado pela escalada de casos, Paes anunciou o cancelamento do Carnaval de rua em 2022. A prefeitura também anunciou a abertura, em um prazo de dez dias, de mais quatro polos de testagem espalhados pela cidade.

Hoje, Paes repetiu o presidente francês Emmanuel Macron e disse que está "dificultando a vida daqueles que não creem na ciência, não creem na vacina" ao exigir o passaporte da vacinação contra a covid-19 no município. Em entrevista ao jornal Le Parisien na última quarta-feira (5), o presidente francês admitiu querer "'encher o saco' dos não vacinados".

O prefeito ainda classificou como "inaceitável" que as pessoas duvidem da ciência e ressaltou que "não há um lugar no mundo" que não tenha comprovado que os não vacinados são mais internados e morrem mais pela contaminação pela covid-19 do que os imunizados.

"Tomara que sejam salvas [as vidas dos não vacinados] porque nós temos que salvar até aqueles que não têm consciência, mas vamos vacinar", reforçou o político.


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