29/05/2021 às 10h17min - Atualizada em 29/05/2021 às 10h17min

Mesmo com eficácia é 'ligeiramente menor', vacina da Pfizer funciona contra variante indiana

A vacina da Pfizer produz anticorpos capazes de neutralizar a variante indiana do coronavírus, embora sua eficácia seja "um pouco menor", segundo estudo de pesquisadores do Instituto Pasteur de Paris. A variante indiana do coronavírus foi oficialmente detectada em 53 territórios, de acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado na quarta-feira.

Pessoas vacinadas com duas doses de Pfizer têm anticorpos em seu soro sanguíneo que são eficazes contra a variante inglesa, mas menos eficazes contra a variante indiana estudada, de acordo com esses estudos divulgados pelo site de pré—publicação BioRxiv.

Apesar de uma "eficácia ligeiramente inferior, com base em testes de laboratório, a vacina Pfizer é provavelmente protetora", diz Olivier Schwartz, co—autor do estudo e diretor da unidade de Vírus e Imunidade do Instituto Pasteur em Paris.

A variante indiana já chegou ao Brasil. Na semana passada, o Maranhão confirmou os primeiros casos da cepa, detectados em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e viajou até o litoral maranhense. Na sexta-feira, o governo de Minas Gerais também confirmou o primeiro caso da variante B.1.617 no estado, e um hotel no Espírito Santo foi interditado após a cepa ser detectada em viajante.

Os cientistas também testaram a eficácia da AstraZeneca contra essas variantes, mas apenas com pessoas vacinadas com uma dose, já que "não tiveram acesso a amostras de pessoas que receberam as duas doses" no momento em que este estudo foi conduzido, explicou Schwartz à AFP.

A vacina começou a ser usada na União Europeia em fevereiro e entre as duas doses recomenda—se aguardar 12 semanas. No final de abril, quando foi realizado o estudo, apenas um número muito pequeno de pessoas havia recebido as duas doses, devido a dúvidas sobre seus possíveis efeitos colaterais, que fizeram com que o medicamento ficasse restrito a maiores de 55 anos na França.


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