20/04/2021 às 19h03min - Atualizada em 20/04/2021 às 19h03min

Ex-policial que se ajoelhou no pescoço de George Floyd e provocou sua morte é condenado por assassinato

G1
Foto: Handout/Hennepin County Jail/AFP
Os 12 jurados decidiram nesta terça-feira (20) que o ex-policial Derek Chauvin é culpado pela morte do afro-americano George Floyd, cometida em maio de 2020, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Este foi o segundo dia de deliberação do júri, formado por seis brancos, quatro negros e duas pessoas multirraciais.

A acusação argumentava que Chauvin tirou a vida de Floyd, em maio do ano passado, ao ajoelhar sobre o pescoço do homem negro de 46 anos por 9 minutos e meio. A defesa dizia que o agora ex-policial agiu de maneira razoável e que um problema cardíaco e o uso de drogas ilegais levaram à morte de Floyd.

O ex-policial pode pegar 12 anos e meio ou 150 meses de prisão, de acordo com as diretrizes de sentença para o réu primário. A acusação argumenta, no entanto, que existem fatores agravantes que exigem uma pena de prisão mais longa. De acordo com a agência Associated Press, ele poderia pegar até 40 anos de prisão.

A promotoria encerrou o caso na semana passada, após convocar 38 testemunhas e reproduzir dezenas de videoclipes ao longo de 11 dias. Os advogados de ambos os lados apresentaram seus argumentos finais na segunda-feira, 19.

Mais cedo, o presidente americano Joe Biden disse que havia falado com a família de Floyd na segunda-feira. “Só posso imaginar a pressão e a ansiedade que eles estão sentindo”, declarou.

“Eles são uma boa família e estão clamando por paz e tranquilidade, não importa qual seja o veredicto”, disse Biden. “Estou rezando para que o veredicto seja o veredicto certo. Acho que será esmagador, na minha opinião.”

Tensão

Todas as atenções estão voltadas para Minneapolis e o anúncio do veredicto. A morte de Floyd desencadeou semanas de agitação civil nos Estados Unidos e levou milhões às ruas em todo o mundo em protestos por justiça social.

O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu calma na segunda-feira, quando o júri deu início às deliberações. Ele declarou uma “emergência em tempo de paz” para permitir que a polícia de Estados vizinhos seja chamada, se necessário, juntando-se a mais de 3 mil soldados e aviadores da Guarda Nacional que foram destacados para ajudar a polícia local.

“Os recursos locais e estaduais foram totalmente utilizados, mas são insuficientes para enfrentar a ameaça”, disse Walz em uma ordem executiva.


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