Conselho Federal de Medicina estabelece critérios e condições para uso da cloroquina

O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu hoje (23) um parecer reforçando não haver evidencias sólidas da confirmação do efeito da cloroquina e a hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. Em reunião com o presidente Jair Messias Bolsonaro e o ministro da saúde Nelson Teich, o presidente da autarquia, Mauro Ribeiro apresentou os resultados do CFM e os critérios e condições para a prescrição da hidroxicloroquina em pacientes com o vírus.

Segundo ele, a entidade é guiada pela ciência e não há nenhuma evidência cientifica forte que aponte o benefício ou sustente o uso do medicamento para tratamento do coronavírus. A droga é indicada para o tratamento de malária, lúpus e artrite. Afirma ainda que o uso pode ser feito em apenas três situações de casos de covid-19, sendo essas para pacientes com sintomas leves, na fase inicial da doença, desde que descartado influenza, H1N1 ou dengue; na segunda fase com sintomas mais severos, quando o paciente procura o hospital; e para o paciente em situação crítica, já entubado e internado em terapia intensiva, havendo lesão pulmonar e inflação sistêmica. Nesse último caso o uso e compassivo, quando não há possibilidade terapêutica.

O CFM afirma que as considerações que serviram de base para tal decisão se baseiam nos conhecimentos atuais, podendo ser modificados a qualquer momento pelo Conselho Federal de Medicina a medida que novos resultados de novas pesquisas de qualidade forem divulgados.

Vitória Borges
Primeiras Notícias