18/05/2020 às 20h59min - Atualizada em 18/05/2020 às 20h59min

Guaraves tem atividades proibidas por ato da auditoria fiscal do trabalho da PB; saiba os motivos

Um dos maiores conglomerados econômicos do estado e do Nordeste teve parte de suas indústrias interditadas nesta segunda-feira. A Guaraves tem cerca de 1.200 trabalhadores na unidade abrangida pela interdição.

Conforme informações colhidas pela reportagem do Primeiras Notícias, os Auditores Fiscais do Trabalho detectaram o descumprimento de normas de proteção dos trabalhadores exigidas em face da pandemia decorrente do Covid 19. 

A coordenadora dos trabalhos foi a Chefe do Setor de Saúde e Segurança do Trabalho na Paraíba, Ana Mércia Vieira Fernandes. Ouvida pela reportagem, à Auditora Fiscal do Trabalho disse que os trabalhadores precisam realizar suas atividades observando as normas de segurança e saúde, com ênfase, nas condições sanitárias e de higiene, além do uso dos EPI e da adoção de procedimentos de trabalho mais adequados para esse momento de tanta gravidade. 

“Um empregado contaminado tem potencial para contaminar diversos outros trabalhadores e seus contactantes. Nesse sentido, não podemos deixar de exigir, com maior rigor ainda, o cumprimento das normas de proteção adequadas", afirmou a chefe da SST da Superintendência Regional do Trabalho na Paraíba.

O Auditor Fiscal do Trabalho, Nei Alexandre, relatou aos jornalistas que a indústria não estava cumprindo as exigências de proteção dos empregados em razão da pandemia da Covid 19. 

“Os trabalhadores não estavam utilizando os EPIs necessários à segurança exigida para o momento. A empresa não  estava adotando algumas regras de higienização recomendadas, bem como faltavam aspectos básicos de cumprimento do distanciamento necessário entre os trabalhadores, na atividade”, informou Nei. 

O Auditor Fiscal do Trabalho, Leonardo Moreira, também participou da inspeção trabalhista.  Narrou ao Primeura Notícias que cerca de 200 trabalhadores foram testados para o Covid 19. Desse total, 49 empregados testaram positivo. 

“Nossa atuação visa principalmente minimizar a exposição das pessoas aos fatores de risco provenientes da pandemia da Covid 19. Neste contexto, efetivamos a aplicação das diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Trabalho, aplicáveis ao setor de frigoríficos, entre outras normas de segurança e saúde no trabalho”, afirmou Leonardo Moreira. 

Outro Auditor Fiscal do Trabalho que esteve presente na ação fiscal foi Carlos Emmanuel. À reportagem afirmou: “a empresa não conseguiu executar um plano de vigilância epidemiológica que fosse capaz de detectar de forma precoce os casos de adoecimento ocorridos no local nem adequou de maneira eficaz seu ambiente de trabalho de forma a garantir um distanciamento seguro entre os trabalhadores e que evitasse aglomerações".


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