Na carta-renúncia entregue no início da tarde desta terça-feira (16) o prefeito afastado de Cabedelo Leto Viana diz que houve uma verdadeira orquestração para cassar seu mandato e responsabiliza o atual prefeito Victor Hugo. Segundo ele, Victor Hugo utiliza a máquina pública e artifícios espúrios.
“Diante da atual conjuntura política da cidade de Cabedelo, onde vereadores suplentes ascenderam ao Poder Legislativo e o vereador Victor Hugo foi alçado à condição de Prefeito Interino, constata-se a verdadeira orquestração para cassar nosso mandato que fora legalmente outorgado pelos cabedelenses, haja vista que a atual administração municipal utilizando-se da máquina pública e de artifícios espúrios, arregimenta familiares de suplentes de vereadores para fazerem parte do corpo gestacional da Prefeitura de Cabedelo, em troca de um possível voto contra nosso mandato e numa possível eleição indireta”, diz.
Ainda na carta-renúncia, Leto Viana tacha de inverdades todas as denúncias contra ele. “É do conhecimento de toda sociedade cabedelense que a Operação Xeque-Mate teve sua origem a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente desta Casa, Lucas Santino. Em decorrência daquelas inverdades apresentadas, foram-me atribuídas irregularidades jamais praticadas”, diz Leto Viana.
Entre as irregularidades negadas por ele estão a compra do mandato do então prefeito Luceninha, utilização de cargos “fantasmas”, apropriação de salários de servidores, fraude a licitação, doação e transações imobiliárias ilícitas, utilização de “laranjas” para ocultação patrimonial e prática de nepotismo.
Na carta-renúncia, Leto afirma que não existem provas materiais que demonstrem sua participação na compra do mandato do então prefeito Luceninha.
“Tanto a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado da Paraíba, como a apresentada perante este poder, tem por fundamento os pilares da colaboração premiada do Sr. Lucas Santino, ex-vereador presidente desta Casa Legislativa, que enfrentou uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, durante a atual legislatura, com o objetivo de apurar indícios da prática dos crimes de apropriação indébita, sonegação fiscal, despesas realizadas sem o devido processo licitatório, falsificação ideológica, lavagem de dinheiro, dentre outros”, diz Leto Viana.
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