27/10/2023 às 07h38min - Atualizada em 27/10/2023 às 07h38min

Ex-capitão do Vasco é condenado por tráfico internacional de drogas

Extra.Globo
Ex-jogador do Vasco da Gama, Alexsandro Marques de Oliveira foi condenado a mais de 10 anos de prisão por tráfico internacional de drogas — Foto: Cezar Loureiro/Agência O GLOBO
A Justiça Federal condenou o ex-jogador do Vasco Alexsandro Marques de Oliveira e outras oito pessoas por tráfico internacional de drogas. O esquema utilizava o Porto do Rio para a remessa dos entorpecentes, que seriam distribuídos à Europa. A investigação deu fruto à Operação Turfe, deflagrada pela Polícia Federal, em fevereiro de 2022, quando parte dos integrantes da organização criminosa foram presos. Na última semana, um desdobramento da ação apontou o desvio de 280 quilos de cocaína por policiais civis do estado, entre eles um delegado.

Alexsandro foi condenado a 10 anos e 26 dias de prisão em regime fechado. Segundo os investigadores, ele foi responsável pelo aluguel de galpões para a quadrilha. Nesse local, a droga era colocada dentro de contêineres para que, em seguida, fosse enviada ao exterior.

Além do ex-jogador, também foram condenados chefes da organização criminosa, como Cristiano Mendes de Córdova Nascimento — que cumprirá a maior pena, de 26 anos e três meses de reclusão —, Leonardo Serro dos Santos, Jocênio Júnior Mendes e Roberto Vieira de Andrade, ambos condenados a mais de 19 anos.

Foi deste grupo criminoso que policiais civis do Rio desviaram parte de uma carga de cocaína em 2020. Na última sexta-feira, quatro agentes, incluindo um delegado, foram alvos de uma operação da Polícia Federal, nomeada Déjà Vu. A ação foi um desdobramento da Operação Turfe, deflagrada também pela PF em 2022. Na ocasião, parte dos traficantes foram presos.

“A organização criminosa foi responsável pela comercialização de cerca de 6,6 toneladas de cocaína em um período de aproximadamente um ano e dois meses. Seus membros e colaboradores eventuais atuaram em toda a cadeia mercantil relacionada ao entorpecente: negociação da droga com compradores estrangeiros que a distribuiriam na Europa, aquisição da droga com fornecedores na Bolívia e na Colômbia, expedição da droga para o Paraguai, importação da droga no Brasil, transporte da droga para cidades portuárias brasileiras, armazenamento da droga para aguardar o embarque, corrupção de agentes portuários para permitir a entrada da droga nos terminais e a violação dos contêineres nos quais ela seria introduzida clandestinamente e, por fim, logística de carregamento da droga nos contêineres destinados à exportação”, diz trecho da decisão.

Operação Déjà Vu

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF na última sexta-feira na capital fluminense e em Araruama, no inteiro do Rio, na ação denominada Déjà Vu. Dois endereços alvos da ação são: a 33ª DP (Realengo) e uma casa em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde mora um policial civil e foi encontrado mais de R$ 70 mil em espécie. Na quinta-feira, a PF e o Ministério Público do Rio realizaram a operação Drake, que terminou com quatro policiais civis presos e um advogado, também por tráfico de drogas, envolvendo 16 toneladas de maconha.

A investigação que culminou na ação desta sexta-feira é um desdobramento da operação da PF que aconteceu em fevereiro do ano passado em cima de uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas. Não há mandados de prisão, mas a Justiça determinou o afastamento dos policiais das funções e que eles passem a ser monitorados com tornozeleira eletrônica.

Além do dinheiro, a PF apreendeu também três carros, duas motos, celulares e diversos documentos em cinco residências dos investigados. Entre os locais de buscas e apreensão estão duas empresas e sede da 33ª DP (Realengo).


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