17/03/2023 às 15h12min - Atualizada em 17/03/2023 às 15h12min

ESTELIONATO AMOROSO: Bombeiro suspeito de aplicar golpe exigia contrato de casamento com cláusula antitraição

Metrópoles
Foto: Reprodução
Uma das vítimas do terceiro-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Raphael Martins Zille Ferreira, 38 anos, repassou à coluna Na Mira uma troca de mensagens em que ele exige a assinatura de um contrato com “cláusula antitraição” para que os dois se casassem.

Além dessa cobrança, o militar — acusado de cometer estelionato amoroso ao namorar 18 mulheres ao mesmo tempo — exigia compartilhamento da localização da vítima em tempo real, 24 horas por dia.

O golpista também queria a assinatura do contrato em cartório, além da chave da casa da vítima. Em caso de quebra de contrato, ele exigia pagamento pelos prejuízos financeiros e perda da guarda da filha do casal por quem descumprisse o acordo.

Os detalhes das obrigações a serem cumpridas pela vítima pelo bombeiro constam em mensagens trocadas em conversa no WhatsApp. Nenhum dos dois assinou o documento.

Leia a conversa:



Declarações e artimanhas

Para ludibriar as vítimas, Raphael enviava vídeos com mensagens carinhosas às mulheres com que se relacionava. Sem camisa e deitado na cama dizia: “Oi, ‘mozão’! Está tarde, você está aí viajando, e eu estou aqui em casa, quieto. Volta logo, estou com saudade. Beijo. Te adoro muito”.

Ao menos cinco vítimas registraram ocorrências contra ele na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O militar chegou a noivar, simultaneamente, com seis mulheres em um ano. Em nota, o CBMDF informou que também vai apurar o caso.

A corporação destacou que tomou conhecimento da denúncia e, por meio da corregedoria, iniciou a verificação “das circunstâncias, buscando a elucidação dos fatos e suas consequências”.

O CBMDF também se manifestou contra “qualquer forma de violência, seja física, verbal ou psicológica, bem como condutas inadequadas aos preceitos da moral e dos bons costumes”.

“Pirâmide do amor”

Além de ter uma série de namoradas — muitas na condição de noivas —, o terceiro-sargento desenvolveu uma espécie de “pirâmide do amor”, que funcionava com uso do dinheiro das vítimas. Ao pedir valores em espécie ou presentes para uma delas, o militar repassava os mimos para outra, e assim por diante.

Por exemplo: uma das vítimas contou ter comprado dois smartwatches a pedido do bombeiro. No entanto, ela descobriu que o militar havia dado os relógios de presente para outra namorada.
 


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