29/12/2022 às 08h25min - Atualizada em 29/12/2022 às 08h25min

Após ordem do STF, PF cumpre prisões de suspeitos de atos antidemocráticos e violentos em Brasília

Mandados judiciais foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

O Globo
Sede da Polícia Federal em Brasília - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (29) uma operação para apurar a organização e realização de atos antidemocráticos e violentos nas últimas semanas em Brasília, às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. São cumpridos 32 mandados de prisão e de buscas no Distrito Federal e outros sete estados. Até o momento, três pessoas foram presas.

A ordem foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Um dos mandados está sendo cumprido em um hotel na capital federal. Os alvos participavam das manifestações antidemocráticas realizadas em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Houve apreensão de armas e munições nos endereços dos investigados.

Um dos alvos foi Klio Damião Hirano, que participava no acampamento do QG do Exército em Brasília e foi presa ainda na noite de quarta-feira.

A investigação teve início a partir dos atos violentos do dia 12 de dezembro, quando bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF na capital federal e promoveram atos de depredação e vandalismo, incendiando veículos e promovendo o caos na cidade.

"Os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão", diz a PF em comunicado à imprensa.

Como mostrou O Globo, a apuração detectou que os organizadores desse ato também foram responsáveis, na semana seguinte, por planejar um atentado a bomba em Brasília, que acabou sendo interceptada antes de explodir.

Um dos objetivos da investigação é descobrir se há financiadores e a origem dos recursos usados pelo grupo para a aquisição de armamentos e artefatos explosivos.


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