15/12/2022 às 06h35min - Atualizada em 15/12/2022 às 06h35min

Por 'questão de honra' menina grávida é obrigada a morar com estuprador; entenda

Foto: Reprodução
O homem de 46 anos foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Amapá, suspeito de cometer estupro de vulnerável contra uma menina grávida aos 13 anos. A menina está grávida de 3 meses do sujeito e passou a morar com o autor do crime por uma “questão de honra”, segundo o pai da vítima. Ele também receberá acusações, declarou a polícia. Via Portal Tucumã

A ocorrência chegou à polícia depois de uma denúncia anônima realizada ao Conselho Tutelar de Porto Grande. Os policias foram até a casa do homem, localizada na Zona Rural do município e confirmaram a denúncia feita, a adolescente estava na moradia do suspeito.

A vítima, o homem acusado e o pai dela foram ouvidos na delegacia e todos confirmaram, segundo a polícia, que os dois se relacionavam desde o ano passado, até que a menina engravidou e passou a morar com o investigado.

A policia pegou os depoimentos da vítima, do suspeito e do pai da menina na delegacia. Todos confirmaram que os dois se relacionavam, até que a menina engravidou e passou a morar com o investigado.

“Eles estão juntos desde que ela tinha 12 anos e quando engravidou o pai autorizou que morassem juntos como casados ‘por questões de honra’. Em depoimento todos confirmaram o relacionamento, disseram e a gravidez foi comprovada por meio dos exames médicos”, relatou o delegado Bruno Braz, da Delegacia de Porto Grande.

O suspeito foi detido quando prestava depoimento na delegacia, na última terça-feira (13). Ele já passou por audiência de custódia e a justiça decidiu pelo direcionamento dele ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), onde ele aguardará julgamento.

“Como não havia uma situação de flagrante e havia um risco dele fugir com a jovem após sair da delegacia, representei, com máxima urgência, pelo mandado de prisão preventiva”, afirmou o delegado.

O pai da vítima deve ser indiciado e também deve responder por estupro em razão da omissão e conivência com o crime.


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