04/12/2022 às 11h57min - Atualizada em 04/12/2022 às 11h57min

Camisa azul da seleção brasileira é inspirada no manto de Nossa Senhora; entenda

G1
Uniforme azul é o substituto da seleção brasileira. — Foto: Reproudução
A história da camisa azul da seleção brasileira começou há 64 anos. Antes mesmo de receber a estampa com as pintas, chamadas rosetas, das onças para a Copa do Mundo no Catar neste ano, o uniforme azulado do Brasil envolve muitas outras místicas. 

Era 1958, final da Copa do Mundo da Suécia. O Brasil estava na final contra os donos da casa. Ambos países tinham uniformes amarelos como oficiais, e naquela época não existia camisas substitutas. Foi então que um sorteio definiu quem poderia usar a "amarelinha" no jogo.

Ian Rari, professor de História e amante de futebol, relembra que a Suécia ganhou o sorteio e teve o direito de utilizar o uniforme amarelo.

Rari explica que o chefe da delegação naquele ano, Paulo Machado de Carvalho, teve a missão de comprar o tecido para o novo uniforme e o escolhido foi azul.

"Comprou um tecido azul, bordou de última hora e entregou aos jogadores".

Os jogadores ficam ressabiados com a ideia de jogar com o uniforme azul. Foi então que Paulo Machado de Carvalho explicou que o tom azulado era razão do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, detalha o professor de história.

"Depois da sacada do Paulo Machado de Carvalho, a história é de que os jogadores ficaram super animados e empolgados. Entraram em campo e trouxeram a primeira vitória mundial ao Brasil", detalha o professor.
Desde o 5 X 2 do Brasil sobre a Suécia, em 1958, o figurino azul se tornou o segundo uniforme do país nas competições oficiais.

Em 2022, onças pintadas

As onças-pintadas, maiores felinos das Américas, serviram de inspiração para a camisa que será usada pela seleção brasileira na Copa do Mundo.

Revelado com exclusividade no Esporte Espetacular, o uniforme reproduz artisticamente as manchas da pelagem da onça-pintada. Além de caracterizarem a espécie, as manchas, chamadas de rosetas, também identificam cada indivíduo.


O biólogo e cinegrafista, Luiz Felipe Mendes explica como as rosetas funcionam como a impressão digital de cada onça-pintada.

“Servem como padrão biométrico, porque cada indivíduo possui manchas, rosetas diferentes. [...] Elas nascem com esse padrão e nunca vai mudar, então troca a pelagem, mas sempre vai permanecer aquele padrão e é uma forma de biometria”.

As rosetas são utilizadas para batizar as onças-pintadas no Pantanal, o lar das maiores onças-pintadas do mundo.

“Quando os pesquisadores vão fazer a captura, geralmente se coloca um rádio transmissor para localizar o bicho, é feita a identificação, é batizado esse animal e eles tiram fotos também da parte frontal da testa, na lateral, desse indivíduo, porque caso venha a perder o transmissor, caso algum animal venha a ser abatido ou aconteça alguma outra coisa, é uma forma de identificar esses bichos”, esclarece Mendes.


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