Familiares de Selena Sagrillo, aluna morta no ataque a uma das escolas em Aracruz, no Espírito Santo, se despediram da menina neste sábado (26).
A adolescente tinha 12 anos e estava no 6º ano do Centro Educacional Praia de Coqueiral, um dos locais que o atirador de 16 anos invadiu.
Em entrevista à TV Gazeta, Thais Sagrillo Zucoloto, mãe de Selena, revelou que a família se mudaria do Espírito Santo em poucos dias.
Ela não estava no estado capixaba no dia da tragédia. “A minha filha sempre foi luz e amor, e eu perdi a minha filha para o ódio”, lamentou.
“Não sei como eu vou seguir sem ela. Perder um filho é uma dor para a qual ninguém está preparado. Nenhuma mãe, nenhum pai. Só Deus para me dizer como eu vou seguir de agora em diante”, disse Thais Sagrillo.
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Quarta morte é confirmada
A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou, na tarde deste sábado (26), a morte de mais uma pessoa vítima dos ataques a escolas em Aracruz nessa sexta-feira (25).
A professora Flavia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos, estava em estado grave. Ela dava aulas na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira em que um adolescente de 16 anos entrou atirando.
Os ataques a escolas
Na manhã dessa sexta (25), um menino de 16 anos entrou atirando em duas escolas de Aracruz. Três pessoas morreram nos locais e outras 13 se feriram.
Ele invadiu a Escola Estadual Primo Bitti, onde já estudou, pelo portão dos fundos após arrombar um cadeado.
O adolescente então se dirigiu a uma sala de professores, onde atirou contra quem estava no local. Duas professoras morreram e outras nove se feriram.
Em seguida, ele se dirigiu ao colégio particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde atingiu três pessoas. No local, ele matou uma professora também morreu e feriu outras duas pessoas.
Após o crime ele retornou para casa e, em seguida, se dirigiu a uma casa de praia da família, onde a polícia o encontrou.
No local, a polícia apreendeu o revólver e uma pistola que ele usou no crime, além de facas e simbologias nazistas. As armas são do pai, policial militar.
“Ele estava querendo atingir pessoas, as primeiras que ele pudesse encontrar. Não tinha alvo definido. O comportamento dessas pessoas com esse nível de psicopatia é de ficar isoladas e se juntar a grupos extremistas. Agora vamos apurar toda a história dele para saber com quem ele está se relacionando aqui e fora do Brasil”, disse o secretário de segurança do ES.