31/10/2022 às 05h35min - Atualizada em 31/10/2022 às 05h35min
VEJA NO VÍDEO: Bolsonaristas colocam fogo em pneus e fecham trechos da BR-163, em MS
Caminhoneiros eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fecham a BR-163, em Sorriso, no Mato Grosso, na noite deste domingo (30). Eles reagem contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. A reportagem procurou a unidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade, mas a instituição responsável pela segurança da rodovia não atendeu às ligações. Com informações da Folhapress
Procurada, a Polícia Militar em Sorriso informou que não tem responsabilidade sobre a segurança da rodovia. Segundo a PM do Mato Grosso, nenhuma viatura se deslocou ao local onde ocorre o bloqueio.
Funcionários de um posto de combustíveis às margens da BR-163 confirmaram o ato dos bolsonaristas. Alguns manifestantes atearam fogo em pneus em pontos diversos da BR-163, que liga o Pará ao Rio Grande do Sul, passando pelo Mato Grosso.
SANTA CATARINA
Apoiadores do presidente e candidato derrotado à reeleição Jair Bolsonaro (PL) bloquearam a BR-101 na altura de Palhoça (25 km de Florianópolis), em frente a uma loja da Havan, após a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A concessionária da estrada, Arteris Litoral Sul, informou que há uma fila de dois quilômetros no sentido de Porto Alegre, e que não há previsão de liberação da pista.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem com a camisa do Brasil escrito “patriota” afirma que o “Brasil travou”. Ao fundo é possível ver caminhões parados e apoiadores de Bolsonaro protestando contra o resultado da eleição em frente a loja da Havan.
“Travou o Brasil, travou. Não podemos liberar: 72 horas pro Exército tomar conta. Se precisar ficar além disso, travou. Não libera nada. Joinville travou, Criciúma travou, Itajaí, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Nordeste… Feira de Santana está travando, Minas está travando, Pernambuco, geral. Roubo escancarado. Deu, acabou”, diz ele.
“Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e dizer que não podemos pedir intervenção militar. Nós só saímos das ruas a hora que o Exército tomar o país”, completa.
Apesar das alegações dele, não há nenhuma evidência que a eleição tenha sido fraudada ou roubada. Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no primeiro turno e concluída neste domingo (30) não encontrou nenhuma diferença entre 4.161 boletins de urna e os dados que chegam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a totalização dos votos.
