O marido da vítima de 46 anos contou que ela teve a perna prensada contra a porta na entrada do frigorífico e uma veia se rompeu A confusão provocada pela venda de picanha a R$ 22 em Goiânia no último domingo (2/10) resultou na morte de Yeda Batista da Silva, 46 anos. O marido da vítima contou que ela teve a perna prensada contra a porta da loja de carnes ao tentar entrar junto à multidão.
De acordo com Wanderley de Paula, 51 anos, a mulher teve uma veia rompida durante o “empurra-empurra” na entrada do estabelecimento. O bombeiro militar aposentado contou que ele e Yeda tinham se programado para chegar à loja na parte da manhã e evitar confusão.
Yeda voltou para o carro e Wanderley ficou responsável por pegar a picanha na loja lotada. Ao voltar, o marido percebeu que a perna da esposa estava bastante inchada. “Não imaginávamos que o machucado ia causar a morte dela. É uma perda grande, sem tamanho”, lamentou.
O casal levou a carne comprada na promoção para um churrasco que fizeram para comemorar o aniversário de 71 anos da mãe de Yeda. Domingo de eleição, Wanderley saiu para votar, mas acabou voltando para casa depois de receber ligações da mulher reclamando que as dores pioraram.
Morte acidental
A mulher foi levada para o hospital para receber os primeiros atendimentos, sendo transferida para uma unidade especializada em angiologia, já que se tratava de um problema vascular. Ela não resistiu e morreu devido a uma hemorragia. A vítima tinha uma doença autoimune que afetava os rins e a circulação de sangue no corpo.
A morte foi considerada acidental, de acordo com a Polícia Civil. “Foi solicitado exame cadavérico para verificar a causa da morte”, informou a PC-GO ao Correio. A perícia médica ainda não foi concluída.
Confusão por picanha
A loja do Frigorífico Goiás, em Goiânia, anunciou naquele dia a promoção da ‘picanha mito’ com o valor diminuído de R$ 129,99 para R$ 22. Os consumidores deveriam chegar vestidos com a camisa da seleção brasileira para aproveitar a oferta. Para aproveitar o preço, os clientes quebraram vidros e empurraram funcionários.
A ação do frigorífico fazia alusão ao número de votação do presidente Jair Bolsonaro que disputou o primeiro turno no último domingo. O estabelecimento foi autuado pelo Tribunal Regional Eleitoral ainda no dia da eleição e a promoção foi suspensa.
Foto: Divulgação 
