03/10/2022 às 08h32min - Atualizada em 03/10/2022 às 08h32min

Erika Hilton, Duda Salabert e Robeyoncé: primeiras deputadas federais trans são eleitas no Brasil

Extra.Globo
Robeyoncé, Duda Salabert e Erika Hilton Foto: Arte
O Brasil ganhou as primeiras deputadas federais transexuais nas eleições deste domingo. Erika Hilton (PSOL - SP), Duda Salabert (PDT - MG) e Roybeyoncé (PSOL - PE), que atualmente ocupam cadeiras na Câmara Municipal de São Paulo, Belo Horizonte e Pernambuco (como integrante de um mandato coletivo), foram eleitas para representar os respectivos estados em Brasília a partir de 2023.

Erika, de 26 anos, entrou na política em 2018, quando fez parte da Bancada Ativista, primeiro mandato coletivo eleito na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na época, atuava ao lado de nove outras filiadas do PSOL e da Rede. Ela conquistou 256.902 votos em 2022.

No pleito de 2020, a parlamentar decidiu disputar de forma individual uma vaga na Câmara Municipal da capital paulista, e recebeu 50.508 votos. O total rendeu a ela o título de vereadora mais votada de São Paulo – a décima com mais eleitores em todo o país. Erika foi também a primeira vereadora trans da cidade.

Já Duda, com 41 anos, se lançou na política em 2018, quando buscou uma vaga no Senado Federal. Embora não tenha sido eleita, na época filiada ao PSOL, a professora fez história por ter sido a primeira pessoa trans a participar da disputa para uma vaga do tipo.

Em 2020, decidiu apostar numa vaga para a Câmara dos Vereadores da capital mineira. A professora não apenas foi eleita a primeira parlamentar trans belo-horizontina, como se tornou na época a vereadora mais bem votada da cidade, com 37.500 eleitores - quase 12% do total dos votos.

Robeyoncé Lima, 33 anos, é a primeira advogada trans negra de Pernambuco e já atuou como codeputada estadual do estado. Suas propostas são voltadas a temas como desencarceramento, renda básica universal e políticas públicas para comunidades LGBTQIA+ e mães solo.

Neste ano, Erika, Duda e Robeyoncé decidiram levar o ineditismo para âmbito federal. E não foram as únicas. Embora nunca tenha eleito um candidato trans ou travesti, o Brasil teve nas eleições deste ano o maior número de candidaturas. Em março, um levantamento do GLOBO já mostrava que ao menos 11 partidos lançariam nomes próprios da comunidade para disputar um cargo.


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