01/10/2022 às 17h52min - Atualizada em 01/10/2022 às 17h52min

Condenado por estupro, Robinho 'reaparece' para declarar apoio a Bolsonaro na eleição

Extra
Em silêncio desde que foi condenado na última instância da Justiça italiana por participação num estupro coletivo, Robinho se manifestou pela primeira vez, nesta sexta. O motivo: declarar apoio ao candidato à presidência Jair Bolsonaro na eleição do próximo domingo. Em sua conta no Instagram, o ex-jogador postou uma foto sua com a camisa da seleção na qual faz o número dois com as duas mãos - uma alusão ao número 22, do partido do atual presidente do Brasil.

A postagem de apoio a Bolsonaro caiu nas graças de ex-companheiros de Robinho na seleção brasileira. Kaká, Daniel Alves e Thiago Silva curtiram a publicação. Os dois últimos, por sinal, ainda estão em atividade e são cotados para integrar o grupo que vai à Copa do Catar.
Esta é a primeira publicação do ex-atacante do Santos, do Atlético-MG e da seleção brasileira em suas redes. A última havia sido em 31 de dezembro, um registro da virada do ano dele e de sua família.

Não é, contudo, a primeira vez em que Robinho apoia Bolsonaro publicamente. Em 2020, quando o Santos desistiu de contratá-lo em razão da pressão da torcida e dos patrocinadores, ele divulgou mensagens de áudio para amigos na qual se dizia perseguido pela TV Globo e se comparava ao presidente.

"A gente sabe como que é. A TV Globo já é uma emissora do demônio, é só você ver as novelas, as programações. Então eu estou em paz, Deus vai dar vitória. Que se cumpra o propósito de Deus na minha vida. Vou meter gol neles, tamo junto. Vou meter uma camisa quando eu fizer o gol: Globo lixo, Bolsonaro tinha razão!", disse Robinho num dos áudios.

Em janeiro deste ano, ele foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana por participar do estupro coletivo de uma jovem albanesa. O crime aconteceu em 2013, numa boate em Milão. A primeira condenação saiu em 2017.

Além dele, seu amigo Ricardo Falco fo condenado por participação no crime. Como estão no Brasil e o país não extradita seus próprios cidadãos, os dois se encontram em liberdade.

Entenda o caso

A vítima, que diz ter sido embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente, comemorava o 23° aniversário. Robinho, Falco, e suas defesas, por sua vez, afirmam que a relação foi consensual. O ex-jogador não foi a nenhuma audiência desde que o caso foi aberto, em 2016. A sentença de primeira instância foi anunciada no ano seguinte.

Em outubro de 2020, o atacante chegou a ser anunciado pelo Santos. Mas uma série de protestos, principalmente nas redes sociais, fez com que o Peixe suspendesse e posteriormente encerrasse o contrato com o jogador. No mesmo mês, a TV Globo divulgou trechos de uma conversa de Robinho com amigos, na qual os homens debochavam da vítima.

Dois meses depois, em dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na corte de Apelação de Milão. Na época, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o julgamento, disse que "a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais".

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