26/04/2022 às 06h39min - Atualizada em 26/04/2022 às 06h39min

Saiba quem é Elon Musk, homem mais rico do mundo, e por que ele comprou o Twitter

Jovem Pan
Bilionário dono da Testa e da SpaceX compra o Twitter por US$ 44 bilhões Foto: Reuters
Capaz de mexer nas estruturas do mercado financeiro internacional e também na internet, Elon Musk confirmou na tarde desta segunda-feira (25) a compra do Twitter. Musk, o homem mais rico do mundo, investirá U$S 44 bilhões (cerca de R$ 214 bilhões) na aquisição.

Aos 50 anos, ele tem um patrimônio avaliado em US$ 273 bilhões, segundo o ranking da Bloomberg. Além da rede social, o bilionário é dono da empresa de exploração espacial SpaceX, que também investe em internet via satélite, e da fabricante de carros elétricos Tesla.

Ele é o homem mais rico do mundo. Em 2021, foi eleito a "Personalidade do Ano" pela revista "Time". Excêntrico, Elon Musk é responsável por empreitadas como a empresa de exploração espacial SpaceX e a fabricante de carros elétricos Tesla.

Em maio passado, durante uma aparição no programa americano "Saturday Night Live", Musk revelou que tem Síndrome de Asperger, um tipo de autismo leve.

"Para qualquer um que tenha ficado ofendido, só quero dizer que reinventei os carros elétricos e estou mandando pessoas para Marte em um foguete. Você achou que eu também seria um cara normal e tranquilo?", completou.

Filho de um sul-africano e de uma canadense, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul. Ele viveu no país até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes do seu aniversário de 18 anos.

Começou a faculdade na Queen's University em Ontário, no Canadá, mas no meio da graduação se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele é bacharel em física e economia e se naturalizou americano. Leia aqui a trajetória de Elon Musk.

Por que Elon Musk comprou o Twitter

Há duas semanas, o bilionário fez uma oferta de US$ 41,5 bilhões (cerca de R$ 205 bilhões) em dinheiro para assumir o controle total da rede social. No que chamou de sua "melhor e final" tentativa de compra da companhia, Musk prometeu pagar US$ 54,20 por ação.

No início de abril, ele informou que comprou uma participação de 9,2% da rede social em uma operação efetivada em março. Após a compra, no entanto, rejeitou fazer parte do conselho de administração do Twitter. No documento enviado, Musk afirmou que, caso a oferta não fosse aceita, reconsideraria sua posição de acionista.

"Desde que fiz meu investimento, me dei conta de que a companhia não vai nem prosperar nem atender a esse imperativo social em sua forma atual. O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada", escreveu em carta endereçada ao presidente do conselho da rede, Bret Taylor.

Nas últimas semanas, Musk tem questionado como a rede social lida com a liberdade de expressão, ao indicar comentários como questionáveis e bloquear usuários. No final de março, o executivo questionou – no próprio Twitter – se uma nova plataforma seria necessária para manter essa liberdade.

Perguntado por um seguidor no dia 26 de março sobre a possibilidade de desenvolver uma nova rede social, que colocasse a liberdade de expressão como prioridade e tivesse um algoritmo de código aberto, Musk disse que estava "pensando seriamente nisso".

O bilionário, inclusive, já teve problemas com suas postagens na rede social. Ele foi proibido de fazer declarações que afetassem o valor das ações da Tesla sem que elas fossem avaliadas previamente pelo conselho da montadora, depois que ele tuitou, ainda em 2018, que pensava em tirar as ações da empresa da bolsa, o que fez o preço dos papeis disparar.

Também já recebeu críticas por alguns de seus comentários, como quando insultou um mergulhador que ajudou no resgate de um grupo de crianças presas em uma caverna na Tailândia.

O Twitter, como outras plataformas de mídia social, suspende contas por violar padrões de conteúdo, incluindo violência, discurso de ódio ou desinformação prejudicial.

O que pode mudar no Twitter após a compra

Antes de virar acionista da empresa, Musk já era um usuário ativo do Twitter. Ele coleciona mais de 80,5 milhões de seguidores em seu perfil na rede social. Por lá, mistura declarações incendiárias, comentários polêmicos sobre negócios ou outras personalidades e usa a plataforma para fazer vários anúncios.

Entre outras coisas, ele fez uma pesquisa em sua conta para perguntar se as pessoas gostariam de adicionar uma função para "modificar" os tuites após a publicação. Quase 4,4 milhões de pessoas votaram e 73% responderam 'sim'. Logo em seguida, a plataforma anunciou que está testando a função, solicitada há anos por milhões de pessoas. A plataforma não detalhou como o recurso de editar tuítes funcionará.

De acordo com o jornal Washington Post, vários funcionários do Twitter expressaram preocupações, ao considerar que os valores do homem mais rico do mundo não estariam de acordo com a cultura empresarial da rede social. Segundo uma fonte da publicação, "algumas pessoas estão arrumando seus currículos" por não quererem trabalhar com o magnata.

Assim que Musk virou acionista da empresa no início do mês, políticos conservadores começaram a inundar as mídias sociais com pedidos pelo retorno de Donald Trump à plataforma.

“Os reguladores em todo o mundo ficarão estremecidos com as possíveis implicações da liberdade de expressão caso a oferta de aquisição de Musk seja bem-sucedida”, disse Rachel Foster-Jones, analista da GlobalData, segundo a Associated Press.

As empresas de Elon Musk e sua fortuna

Musk é dono de um patrimônio avaliado em torno de US$ 273 bilhões, segundo o ranking da Bloomberg.

Um levantamento feito pela revista americana "Forbes" no dia 5 de abril calculou em US$ 219 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) a fortuna de Musk. A publicação considerou valores até 11 de março e, por isso, não levou em conta o fato de o bilionário ter comprado uma participação acionária de 9,2% do Twitter.

Elon Musk é presidente-executivo da Tesla, fabricante de carros elétricos, que representa uma ameaça aos negócios da produtora de petróleo. Ele também é o fundador e CEO da SpaceX.

A empresa, voltada ao transporte aeroespacial, conquistou um marco em 2021 ao levar turistas para passarem 3 dias no espaço.

Musk não estava a bordo, mas, com o sucesso da missão, ofuscou de certa forma seus concorrentes, também bilionários, Jeff Bezos, dono na Amazon, e Richard Branson, da Virgin Galactic que também investem no segmento.

Musk também fala constantemente sobre a colonização de Marte com a SpaceX.

O super-ricos também concorrem pela internet via satélite. A empresa de Musk nesse ramo se chama Starlink, e já foi autorizada a atuar no Brasil.


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