25/03/2022 às 09h56min - Atualizada em 25/03/2022 às 09h56min

[VÍDEO] Mulher finge ser autista para passear sem máscara em shopping, compara item à focinheira e diz: "melhor ser autista que cachorro"

Diário de Pernambuco
Foto: Reprodução
Uma mulher, identificada por Natasha Borges, fingiu ser autista para conseguir a dispensa do uso da máscara de proteção ao passear pelo Shopping RioMar Recife, situado no bairro do Pina.  O episódio aconteceu nesta quarta-feira, e vem gerando uma onda de revolta nas redes sociais desde então.

Orgulhosa da atitude errada que tomou, a pernambucana apareceu em seu perfil do Instagram para compartilhar, sorridente, o que havia feito. E tanto no feed como nos stories, deu rendimento ao fato com declarações fortes. Entre uma delas, inclusive, chegou a comparar o item de proteção à uma focinheira (acessório usado para conter cachorros e gatos) e escreveu que “é melhor ser autista que ser cachorro”, incentivando outras pessoas a repetirem sua atitude e abandonarem o uso da máscara.
Segundo a própria Natasha Borges relatou em suas redes sociais, ela foi até o shopping para uma reunião e depois passeou em algumas lojas. E em nenhum momento utilizou a máscara.

Natasha afirmou que, durante seu passeio no RioMar, foi parada duas vezes por seguranças. A primeira, por um funcionário do próprio shopping, e a segunda dentro da loja da C&A. E afirmou que a resposta que deu, nas duas vezes, foi de que possuía o espectro autista.

Quem tem propriedade para falar, repudiou

 
“Gente do céu, a todos os autistas e suas famílias, eu não sou preconceituosa com nenhum distúrbio, tenho vários em minha família. Parem de aumentar! Quem nunca errou atire a primeira pedra; uma lástima tudo isso. Não dá! Todos os stories derrubados. Faltou caridade e interpretação. Não tenho problemas em pedir desculpas, e pediria, se fosse preconceituosa. Não sou!”, escreveu.

O que disse o RioMar

Na tarde desta quinta-feira, o shopping se pronunciou através de uma nota oficial, e repudiou a atitude de Natasha Borges, considerando que ela usou de uma causa justa (o autismo) para obter vantagens pessoais.

Ainda no comunicado, o RioMar pontuou a ação de um dos seguranças, que acreditou na fala da mulher, e também citou a continuidade da obrigatoriedade do uso de máscara de proteção, conforme determina a lei do governo local.

“O RioMar Recife repudia quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais. Quanto ao caso em questão, após afirmar que era autista, o nosso segurança partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não temos poder de polícia. Por fim, o uso obrigatório de máscara atende ao protocolo de vigilância sanitária do Governo do Estado de Pernambuco, conforme determina a lei estadual 16.918 de 18 de junho de 2020”.


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