06/03/2022 às 15h52min - Atualizada em 06/03/2022 às 15h52min

Senadores de base de Sergio Moro pedem expulsão de Arthur do Val do Podemos

Senadores do Podemos pelo Paraná pediram a expulsão do deputado estadual Arthur do Val (SP) do partido. O estado do Paraná é a base eleitoral do ex-juiz federal, ex-ministro e agora pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro, principal nome do Podemos para o pleito de outubro deste ano.

Do Val, conhecido também como "Mamãe Falei" desistiu ontem da pré-candidatura ao governo de São Paulo após a divulgação de áudios em que afirma que mulheres ucranianas "são fáceis, porque são pobres". Em meio a críticas, a avaliação até de aliados é que a situação se tornou insustentável.

Depois da divulgação das mensagens, Sergio Moro disse ter rompido com do Val, seu aliado político.

Arthur do Val viajou à Ucrânia, no último dia 28, com Renan Santos, um dos dirigentes do MBL (Movimento Brasil Livre), para acompanhar o conflito após a invasão da Rússia. Eles já retornaram ao Brasil.

O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou ontem que "nossa posição é de pedir à Executiva Nacional do Podemos uma atitude urgente e rigorosa, de rompimento". "Nós não podemos conviver com o inacreditável. Porque é inacreditável alguém que postula cargo de governador de São Paulo dizer bobagens dessa grandeza", acrescentou.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) disse que, "mesmo que o deputado Arthur do Val estivesse fazendo gracinhas com um amigo íntimo que o traiu expondo uma brincadeira entre dois amigos, ainda assim deve ser expulso do partido com a máxima urgência".

"Infâmias como estas não podemos aceitar nem de brincadeira", reiterou.

O colega senador Flávio Arns (Podemos-PR) classificou as declarações de do Val sobre as mulheres ucranianas como "inaceitáveis". "Não admitimos o desrespeito a qualquer mulher. É uma questão de valores, ética e dignidade. Por isto, o Podemos deve expulsá-lo do partido."

A presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), classificou como "gravíssima e inaceitável" a conduta do deputado e anunciou a abertura de um procedimento disciplinar para investigar as falas sexistas dele.


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