22/02/2022 às 05h55min - Atualizada em 22/02/2022 às 05h55min

Ao superar marca de 180 mortos, Petrópolis vive maior catástrofe da sua história

O Dia
Ricardo Cassiano
A tragédia provocada pelas chuvas na última semana em Petrópolis, Região Serrana do Rio, bateu a triste marca de 180 mortos e se tornou a maior da história da cidade. Segundo a Prefeitura, o maior desastre anterior foi causado por temporais em 1988, quando registrou 171 mortes.

No dia 5 de fevereiro de 1988, há exatos 34 anos, uma chuva torrencial caiu sobre a Cidade Imperial, deixou 171 mortos, mais de quatro mil desabrigados e milhares de feridos. O então prefeito, Paulo Rattes, afirmou à época que era "a maior catástrofe de todos os tempos".

De acordo com registros do Plano de Contigência para Inundações da Defesa Civil de Petrópolis, o temporal foi similar ao deste ano. Na época, barreiras caíram em cerca de 500 ruas, bloqueando o acesso à cidade pela BR-040, em ambos os sentidos.

O primeiro registro de uma grande tempestade na Cidade Imprerial foi, de acordo com a Defesa Civil, em 1966, quando houve 80 óbitos. Além dos anos de 1988 e 2022, o desastre mais forte ocorreu em 1979, com 87 mortes. Na sequência, estão 1966 (80 mortos), 2011 (73 mortos), 2001 (51 mortos) e 2013 (13 mortos).

Familiares aguardam na fila para cadastrar DNA e confirmar identificação dos corpos em Petrópolis

A agonia é tripla para parte da população de Petrópolis: além de sentir a dor da perda de familiares, muitos ainda não sabem onde estão os corpos e aguardam na fila do Instituto Médico Legal para fornecer dados e só então identificar os cadáveres, muitos encontrados já em estado de decomposição. Nesta segunda-feira (21), a Polícia Civil começou a convocar familiares para coletar amostras de DNA e cruzar os dados com os corpos que forem encontrados.

Para fornecimento de material genético para confronto, é indispensável a realização do registro de ocorrência, que pode ser feito na 106ª DP (Itaipava) e na Sala Lilás. Apenas 30 familias estão sendo agendadas por dia, com a locomoção garantida até Petropolitano Futebol Clube – através de um ônibus disponibilizado pela Polícia Civil.

Até o momento, 180 pessoas morreram em decorrência das chuvas e deslizamentos na cidade imperial. Desse total, o Instituto Médico Legal (IML) identificou 143 vítimas, de acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Outras 104 seguem desaparecidas.


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