A imprensa nacional está apontando a saída do governador da Paraíba, João Azevêdo, como a mais importante baixa do Cidadania com vistas ao pleito de 2022.
A matéria publicada pela Folha lembra que a filiação de Azevêdo ao PSB consolida o retorno do governador ao seu partido após pouco mais de dois anos. Ele havia deixado a legenda em dezembro de 2019 após romper o com seu então padrinho político, o ex-governador Ricardo Coutinho, hoje filiado ao PT.
O antagonismo entre Azevêdo e Coutinho cria mais um obstáculo nas conversas entre PSB e PT para a formação de uma federação que também incluiria PV e PC do B.
As negociações se arrastam há semanas e esfriaram nos últimos dias após o acirramento do imbróglio em torno da definição do candidato do grupo ao governo São Paulo, pleiteada pelo ex-governador Márcio França (PSB) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira afirma que a filiação de Azevêdo ao PSB é positiva e fortalece o palanque do ex-presidente Lula na Paraíba.
“Ele está afinadíssimo no apoio a Lula”, afirma Siqueira, que destaca que as negociações em torno da federação estão abertas.
“Federação é uma outra discussão. O problema da federação é um possível desequilíbrio que pode haver entre partidos grandes, médios e pequenos. Após a conclusão da proposta, vamos fazer a discussão interna se ela é aceitável ou não. Se não for, não haverá problema”, diz.
O ex-governador Ricardo Coutinho, por outro lado, classifica a filiação de Azevêdo como um obstáculo nas negociações da federação.
“A opção do governador pelo PSB me parece uma tentativa de iludir a população no que se refere ao apoio ao presidente Lula. Não é afinidade ideológica, é uma pegadinha”, diz o ex-governador, que tem relação próxima com o ex-presidente petista.