23/12/2021 às 07h42min - Atualizada em 23/12/2021 às 07h42min

Hackers raspam conta de ONG que cuida de dependentes químicos

Michael Melo/Metrópoles
Um crime cibernético deixou o Natal de 50 pessoas em situação de vulnerabilidade mais difícil. A ONG Salve a Si, que atua na Cidade Ocidental e ajuda dependentes químicos na região, perdeu R$ 10 mil após sofrer um ataque hacker. A falta de recursos vai impactar o tratamento prestado pela instituição. Com Metrópoles

A quantia retirada é repassada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF) em acordo de parceria e é exclusiva pra esse fim. “Nós temos um cuidado enorme pra essa conta, fazemos cálculo centavo a centavo”, lamentou o presidente da Salve a Si, José Henrique Campos.

Segundo explicou o presidente, ele viu que algo estava errado em 26 de novembro, quando tentou entrar na conta pela internet, mas não conseguia. Uma mensagem eletrônica pediu para José baixar um sistema de segurança bancário e, quando ele finalmente teve acesso ao extrato, viu que uma transferência foi feita para uma conta desconhecida.

“A gente abriu a conta e viu que foi feita uma transferência pra uma conta desconhecida, fora das operações que nós realizamos. Ninguém tem acesso à senha, a não ser eu e o diretor Fernando, que é o antigo presidente”, contou José Henrique. Além disso, o invasor deixou um TED programada para o dia seguinte, também no valor de R$ 10 mil.

“Esse recurso é pra alimentar, cuidar, pagar assistentes sociais, coordenadores, professores, especialistas em dependência química. É pra comprar comida!”, exasperou-se o presidente. José Henrique fez um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e abriu um protocolo de contestação junto ao BRB.

Perguntado sobre o golpe, o Banco de Brasília (BRB) informou apenas que “a situação do cliente está resolvida”, sem especificar como alguém entrou na conta do cliente nem que protocolos serão revisados para impedir que o problema se repita.

Ataques cibernéticos

Existem várias formas de sofrer um golpe na internet de forma a perder recursos financeiros: clonagem do Whatsapp, boleto falso, fraude bancária, sites fraudulentos e golpe do falso leilão são apenas alguns dos possível. Com o objetivo de informar os cidadãos sobre os possíveis golpes, a Polícia Civil de São Paulo organizou uma cartilha explicativa.


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