25/08/2021 às 11h20min - Atualizada em 25/08/2021 às 11h20min

Precisou de um CARRO FORTE para transportar dinheiro apreendido na casa de suspeito de esquema de pirâmide, no Rio

O Dia
Foto: Ilustrativa
Barras de ouro, carros de luxo e uma quantidade de dinheiro em espécie tão grande que nem malas deram conta: foi necessário um carro forte para transportar os valores encontrados na casa de Glaidson Acácio Santos, preso na manhã desta terça-feira (25) na operação 'Kryptos', da Polícia Federal. Glaidson é dono da GAS Consultoria, empresa suspeita de atuar em esquema de pirâmide no mercado de criptmoedas, movimentando "cifras bilionárias", segundo a PF, e deixando investidores no prejuízo.

Agentes da Polícia Federal estiveram no início da manhã na casa de Glaidson, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O suspeito foi preso. O dinheiro apreendido foi colocado em malas, e um carro forte foi necessário para encaminhar a quantia à sede da polícia, na Praça Mauá. "Se pararmos pra olhar dentro do quadro social brasileiro, R$ 20 milhões é uma quantia exacerbada. Mas não podemos afirmar que ela é oriunda de prática criminosa", afirmou o advogado Thiago Minagé, que defende Glaidson. 

"Não é nenhum crime ter um dinheiro em casa, a quantia sendo alta, ou baixa, desde que o dinheiro tenha origem lícita e seja de conhecimento dos órgãos competentes. Eu preciso que o cliente me passe as informações sobre o que foi apreendido. Ele diz que é lícito, e me passará os documentos comprobatórios", completou o advogado.

A operação da Polícia Federal em conjunto com o Gaeco, do Ministério Público Federal, e com a Receita Federal, tem outros oito mandados de prisão, entre preventivas e temporárias. Cerca de 120 agentes estão nas ruas.

Segundo as investigações, a empresa GAS Consultoria, com sede em Cabo Frio, é responsável por um esquema de pirâmide chamado 'ponzi', que prometia um "insustentável retorno financeiro sobre o valor investido". Pessoas aportavam grandes quantidades de dinheiro no esquema, que prometia lucros de 10% ao mês sobre o valor investido. O lucro, no entanto, não chegava - tudo o que entrava na empresa ficava com Glaidson e os sócios, segundo a PF.

A GAS Consultoria atuava no mercado de criptomoedas. Nos últimos seis anos, as empresas envolvidas nas fraudes movimentaram cifras bilionárias, e 50% da movimentação aconteceu no último ano, segundo a Polícia Federal.

'Trabalhos seguem normalmente', diz perfil que se identifica como da empresa suspeita de pirâmide

A empresa não tem canais oficiais nas redes sociais. Um dos perfis que se identifica como da GAS Consultoria Bitcoins escreveu que "o funcionamento da empresa não se resume a uma pessoa", e que "os trabalhos seguem normalmente". Contas especializadas no mercado de ações de criptomoedas repercurtiram a prisão de Glaidson, que era conhecido entre os investidores. "A casa caiu", disse um. "Piramideiro", escreveu outro.
Perfil identificado como da GAS Consultoria - REPRODUÇÃO INSTAGRAM

Perfil identificado como da GAS Consultoria - REPRODUÇÃO INSTAGRAM


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