24/04/2020 às 22h07min - Atualizada em 24/04/2020 às 22h07min

Bolsonaro admite ter usado PF para investigação particular sobre Jair Renan, filho caçula

 

Falando de improviso hoje sobre a demissão de Sergio Moro, Jair Bolsonaro admitiu hoje que requisitou policiais federais para uma investigação particular, ao determinar um interrogatório de Ronnie Lessa, ex-PM acusado de matar Marielle Franco.

A iniciativa foi tomada depois que, em março do ano passado, o delegado responsável pela investigação do assassinato, Giniton Lages, disse que a filha de Ronnie teria namorado Jair Renan, caçula de Bolsonaro.

“Eu comecei a correr atrás. Primeiro chamei meu filho: ‘Abre o jogo’. ‘Pai, eu saí com metade do condomínio. Não lembro quem é essa menina. Se é que eu estive com ela’. Hoje a vida é assim. A intenção de dizer que meu filho namorava a filha do ex-sargento era que nós tínhamos uma relação familiar”, contou.

Bolsonaro acrescentou que não se lembrava de Ronnie Lessa e que pode ter tirado foto com ele porque era comum na campanha eleitoral. Depois continuou:

“Daí eu fiz um pedido à Polícia Federal, quase com um por favor: ‘chegue em Mossoró e interrogue o ex-sargento. Foram lá, a PF fez seu trabalho, interrogou e está comigo a cópia do interrogatório, onde ele diz simplesmente o seguinte: ‘A minha filha nunca namorou o filho do presidente Jair Bolsonaro, porque minha filha sempre morou nos Estados Unidos'”.

“Mas eu é que tenho que correr atrás disso? Ou é um ministro, ou é uma Polícia Federal que tem que se interessar?”, questionou o presidente. Depois negou que queria se blindar, “porque eu não estou incurso em nenhum crime”.

O Antagonista


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