17/04/2020 às 06h38min - Atualizada em 17/04/2020 às 06h38min

Em vídeo de 2019, Teich diz que 'escolhas são inevitáveis' e compara tratamento entre idoso e adolescente

Extra.Globo
Um vídeo de abril do ano passado com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, virou alvo de polêmica nas redes sociais. Nele, Teich afirma que, com recursos limitados na Saúde, é preciso fazer escolhas. Em seguida, usa como exemplo a decisão de ter que usar o dinheiro para salvar ou um adolescente que "tem uma vida inteira pela frente" ou um idoso que "pode estar no final da vida. A declaração ocorreu depois que ele participou, em Brasília, do 9º Fórum Nacional Oncoguia - Complexidade do Sistema de Saúde Brasileiro.

— Como você tem dinheiro limitado, você vai ter que fazer escolhas, vai ter que definir onde você vai investir. Tenho uma pessoa mais idosa, que teve uma doença crônica, avançada, e teve uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente a mesmo dinheiro que vou gastar para investir em um adolescente, que está com um problema. O mesmo dinheiro, é igual, só que essa pessoa é um adolescente que tem a vida inteira pela frente e a outra pessoa idosa que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha? São duas coisas importantíssimas na saúde hoje: o dinheiro é limitado, e você tem que trabalhar com essa realidade, a segunda é que escolhas são inevitáveis. Quais vão ser as escolhas que você vai fazer — diz Teich no vídeo de sete minutos, gravado após ele participar da mesa sobre oncologia sustentável, acessível e justa.

 


O vídeo foi postado no dia 17 de abril de 2019 pelo Instituto Oncoguia. Pouco antes de chegar ao trecho que está sendo compartilhado nas redes sociais, o oncologista diz que falaria sobre algo que seria um pouco polêmico e começa a dissertar sobre o valor de equipamentos, que cada um dá, de acordo com a realidade em que está inserido.

A quarentena e os pedidos para que as pessoas fiquem em casa é, segundo especialistas, uma estratégia para reduzir a curva de contágio e, com isso, não saturar o sistema de saúde para não ter que fazer escolhas entre quem terá acesso a respiradores e leitos ou não.

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