28/09/2019 às 22h02min - Atualizada em 28/09/2019 às 22h02min

Namorada não quer que Lula vá para o regime semiaberto

Do UOL, no Rio

A socióloga Rosângela da Silva, namorada do ex-presidente Lula, usou o Twitter para se mostrar contrária ao pedido de progressão do petista para o regime semiaberto, apresentado ontem pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Segundo ela, o pedido vem daqueles "que fraudaram a Justiça".

"A Liberdade irá nos alcançar mas não virá assinada por aqueles que fraudaram a Justiça! #lulainocente #liberdadeplena", escreveu na rede social.

Em seguida, compartilhou um vídeo de Lula se posicionando sobre o tema durante uma entrevista. "Eu só saio daqui com 100% de inocência. E o maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar no meu lugar. Ele e o Dallagnol", brada o ex-presidente no vídeo.

O advogado Cristiano Zanin, que comanda a defesa de Lula, já havia deixado claro que consultaria Lula sobre a progressão de regime, mas também cobrou, em nota, que ele seja inocentado.

"O ex-presidente Lula deve ter sua liberdade plena restabelecida porque não praticou qualquer crime e foi condenado por meio de um processo ilegítimo e corrompido por flagrantes nulidades.", escreveu Zanin.

Ontem, os procuradores da Lava Jato pediram à juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente, a progressão dele para o regime semiaberto, com base no fato de que Lula já cumpriu um sexto da pena no caso do tríplex do Guarujá e teve bom comportamento na prisão.

Lula está preso desde o dia 7 de abril de 2018, quando se entregou a policiais federais no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde cumpre pena em uma sala de estado-maior.Lava Jato tem derrota no STF

O pedido para que Lula progrida para o regime semiaberto foi feito pela Lava Jato um dia depois de sua maior derrota no STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta quinta-feira, o tribunal formou maioria a favor da tese de que o direito à defesa exige que réus conheçam as alegações finais de delatores antes que apresentem suas defesas em juízo. A tese, sustentada originalmente pela defesa de Aldemir Bendine --ex-presidente da Petrobras e Banco do Brasil condenado na Lava Jato-- já havia sido acatada pela segunda turma do STF.

Como o ministro Marco Aurélio Mello deixou o tribunal antes do fim da sessão, o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu adiar o término da votação —o que impede a aplicação da medida. O recurso que está em julgamento é do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. O julgamento no Supremo pode levar à revisão da condenação de Lula no processo do sítio em Atibaia (SP) e à anulação de outras condenações da Operação Lava Jato.


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