28/05/2019 às 12h56min - Atualizada em 28/05/2019 às 12h56min

Foto tirada por Gabriel Diniz 24 horas antes do acidente mostra aparelho de aeronave com defeito

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai apurar as causas da queda do monomotor que vitimou o cantor radicado na Paraíba, Gabriel Diniz, nesta segunda-feira (27). Porém, um piloto de táxi aéreo, que preferiu não se identificar, informou em entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação, que uma imagem publicada pelo cantor um dia antes do acidente, mostra que um dos aparelhos, responsável pela orientação dos pilotos, estava com defeito.

De acordo com o piloto, a aeronave estaria habilitada apenas para voos visuais. Ele destacou que se o tempo estivesse bom, e não nublado, o piloto conseguiria pousar. “Além disso, uma aeronave para voos de instrução possui ¼ dos instrumentos de uma que faça táxi aéreo”, disse.

O aeroclube de Alagoas está temporariamente proibido de funcionar e nove aeronaves foram interditadas. A Anac vai abrir um processo administrativo para apurar as possíveis irregularidades nas operação do avião. A Agência Nacional já antecipou que a aeronave estava em situação regular, porém não estava habilitada para transporte de passageiros.

O consultor de aviação, Luiz Bohrer, também explicou que um avião destinado à instrução não poderia fazer transporte de passageiros, já que as regras são mais rigorosas para táxi aéreo que voos de instrução, como por exemplo o treinamento avaliado três vezes por ano, enquanto voo de instrução é apenas anual ou a cada dois anos; um piloto de táxi aéreo deve ter no mínimo 500 horas de voo, já de instrução, apenas 40h, além da necessidade de uma equipe para atividades de segurança, enquanto no voo de instrução, o próprio piloto pode fazer essas atividades.

A Anac vai apurar porque pilotos de instrução estavam utilizando a aeronave para tranporte e o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos (Seripa) vai investigar que fatores provocaram a queda do avião. Não há prazo para a divulgação do laudo. Em 10 anos, foram registrados 859 acidentes em voos privados e táxi aéreo.

Mais informações a qualquer momento. Com PB.com

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