17/05/2019 às 08h13min - Atualizada em 17/05/2019 às 08h13min

Operação prende suspeitos de executar integrantes do MTST na Paraíba

Acampamento Dom José Maria Pires existe desde julho de 2017 em Alhandra — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Dois homens e uma mulher foram presos no início da manhã desta sexta-feira (17), em Alhandra e João Pessoa, suspeitos de terem participado do assassinato dos dois integrantes do (MTST-PB), em dezembro de 2018, no assentamento Dom José Maria Pires. As prisões aconteceram durante a Operação Ampulheta, da Polícia Civil, que também cumpriu três mandados de busca e apreensão.

José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino, foram mortos por homens encapuzados e armados, de acordo com informações do MTST, no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa. O duplo homicídio foi confirmado pela Polícia Militar. O crime aconteceu no dia 8 de dezembro de 2018.

As prisões ocorreram por força de mandados de prisão, na Avenida Cabo Branco e no bairro José Américo, em João Pessoa, e em Alhandra, no mesmo acampamento onde o crime aconteceu. A operação da Polícia Civil de Alhandra contou com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE).

Entenda o duplo homicídio

Conforme nota oficial divulgada pelo MST-PB, o crime ocorreu por volta da 19h30 no acampamento que fica na fazenda Igarapu, ocupada pelas famílias desde julho de 2017. José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino estavam jantando no momento em que os homens encapuzados entraram no local atiraram várias vezes.

O major M. Lima explicou que segundo as testemunhas do crime, os homens tinham camisas amarradas na cabeça e estavam pelo menos com duas armas de calibres diferentes.

“As armas usadas não eram automáticas ou semiautomáticas, provavelmente, de acordo com as cápsulas encontradas no local, usaram uma espingarda, calibre 12 ou 26, e um revólver calibre 38”, relatou o comandante da Polícia Militar de Alhandra.

A delegada do caso, Lídia Veloso, relatou que o crime é tratado, a princípio, como execução, porque os atiradores mandaram as outras pessoas se afastarem e atiraram somente nas duas vítimas. "Falaram que queriam só eles, mandaram os outros saírem do meio, renderam e atiraram. Por isso trabalhamos com execução", explicou. Lídia Veloso também comentou que as motivações do crime seguem em investigação, mas adiantou que não se tratou de briga de bar.

"Ainda não sabemos realmente o que motivou os executores. Eles moravam no acampamento, que é uma área invadida. Temos várias linhas de investigação, mas até o momento, nenhuma confirmada", avaliou a delegada.

A Polícia Militar informou que não foi possível determinar a quantidade de tiros que feriram e levaram à morte os dois integrantes do MST. A delegada Lídia Veloso relatou que em pelo menos uma das vítimas foram três disparos. Com G1


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