27/04/2019 às 19h28min - Atualizada em 27/04/2019 às 19h28min

'Até onde vai a delação de Livânia', por Heron Cid

Quem se aproxima de uma roda política, seja ela governista ou da oposição, não dá outra. Ouvirá, entre cada dez palavras, pelo menos uma garantida: Livânia, a ex-secretária de Estado presa e solta 37 dias depois.

E, em se tratado de Paraíba, não é para menos. Aqui concentra o maior metro quadrado de interesse pela política e gestão pública. Quando esse tema se mistura com justiça e polícia, aí é uma mistura explosiva de paixões e torcidas.

Desde do momento que deixou o Batalhão de Polícia em Cabedelo, a ex-secretária é o centro das atenções e expectativas. Especialmente por todos os sinais de encaminhamento dela como colaboradora, a expressão que sofistica o termo delator.

Sendo quem foi, e ocupado os espaços que ocupou, sabe-se que ao falar sobre a Cruz Vermelha, o conteúdo do depoimento de Livânia é, no mínimo, inflamável. A grande curiosidade é a extensão do que ela tem a dizer ou já disse.

Por isso, na Praça João Pessoa, o epicentro dos poderes na Paraíba, o ambiente é de frisson.

De tensão mesmo até nos olhares. Farias falará do Palácio e da relação com a OS? Vai trazer algum dado sobre eventual relação de financiamento eleitoral a deputados? Suas palavras podem chegar também até o outro lado da Praça e ao Judiciário e sugerir relações pouco republicanas?

Na verdade, não se sabe. Até aqui, tudo está no campo das especulações ou vazamentos não confirmados pelas autoridades do caso.

Apenas uma coisa é certa: só se sabe como começa a presumida e temida delação. Ninguém, porém, consegue calcular onde pode terminar.

Blog Heron Cid


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