17/05/2023

Dubai II: áudio revela invasora arregimentando pessoas para suposta reunião com Procurador Federal

Cidade

Um áudio divulgado na tarde desta terça-feira pela rádio POP FM, mostra que Cláudia Alves Bezerra, vem tendo dificuldades de arregimentar pessoas para se passar por moradores da área de proteção ambiental que ela invadiu nas imediações da Praia do Sol em João Pessoa. 

O caso veio à tona, depois que um relatório da Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa revelou indícios de que uma quadrilha, liderada por uma mulher, já teria destruído quase um terço da mata nativa naquela região. 

Segundo os primeiros levantamentos, a mulher de nome Cláudia Alves Bezerra, vem liderando uma quadrilha que já é responsável por desmatar, queimar e depredar cerca de um terço da área. 

Cláudia, teria arregimentado uma verdadeira organização criminosa para, após o desmatamento, lotear e vender os terrenos de forma clandestina. 

A farsa só foi descoberta, quando ela tentou cadastrar o imóvel na prefeitura de João Pessoa com um documento de compra e venda falsificado. 

No áudio, ela aparece dizendo que "infelizmente devido a condição do assentamento (referindo-se a falta de gente), não temos condições de levar o Dr. Godoy até o local, só podemos ir até Nildo, para que ele não veja os terrenos abandonados e não veja que não tem ninguém morando no assentamento". 

Cláudia finaliza o áudio com uma ameaça contra quem adquiriu lotes e não iniciou a construção: "Depois da reunião com o Dr. Godoy eu tenho uma lista de famílias querendo botar para descer e construir logo. Então, eu vou estar repassando esses terrenos que estão aí abandonados, para que as famílias morem. Infelizmente vamos repassar mesmo pois as vezes penso que estou enxugando gelo". 

Relatório assinado por técnicos da secretaria de Planejamento e Gestão, com data do dia 22 de novembro de 2022, revelam que os documentos apresentados por Cláudia Alves Bezerra, continham características não habituais para o trâmite, pois o zoneamento e o macrozoneamento em vigor classificam a região como uma área de preservação permanente. 

Sob o comando de Claudia Bezerra, quem comprou um lote na área é orientado a entrar num grupo de whatsapp de onde Cláudia dá ordens e cria normas com níveis distintos de hierarquia, de modo que, quando há qualquer movimentação por parte de autoridades públicas, a liderança do movimento convoca os invasores para virem massivamente à área, acompanhados de suas esposas e filhos, para ocuparem os barracos de lona e fingirem utilizar a área para fins agrícolas.

Todavia, a área praticamente não é habitada, até porque não há infraestrutura para tanto. Os barracos foram feitos para sugerir a suposta existência de um assentamento de famílias na área, o que, de fato, não existe.

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que as investigações apontam para o envolvimento de funcionários em órgãos públicos e até de corretores ligados ao CREA-PB.
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