Páscoa. Tempo de Renovação. Sábado, 15, véspera de Páscoa na Síria. Tempo de pavor, desordem, tragédia. 68 crianças e 58 adultos foram mortos em mais um ataque com bombas. Dessa vez, a perversidade chama a atenção. Minutos antes das bombas atingirem a região próxima a Aleppo, crianças foram atraídas por um veículo cheio de comida.
A explosão foi, justamente, no ônibus que trazia os alimentos. Ao fim dessa reportagem, o leitor pode ver um vídeo que mostra como ficou a situação na região. As imagens são estarrecedoras. Corpos estão jogados por todos os lados.
De acordo com uma reportagem da BBC, tudo aconteceu quando o comboio que levava sírios evacuados de regiões de conflito parou em um território rebelde. A jornalista Lina Sinjab, que está no Oriente Médio, dá detalhes do que teria acontecido.
De acordo com Lina, uma bomba atingiu o ônibus, que carregava batatas fritas. A guloseima, é claro, atraiu muitas crianças. Não está claro se essa foi uma estratégia dos terroristas, ou se tudo não passou de uma coincidência. De qualquer forma, a Síria, mais uma vez, viu minutos de felicidade, que logo seriam trocados por mais uma tragédia.
A explosão aconteceu no horário da tarde, quando mais sírios seriam evacuados da região. De acordo com uma TV estatal, um terrorista (não foi denominado de que grupo ele pertenceria, mas o mais famoso na região é o Estado Islâmico) teria se infiltrado na região. O suicida acionou os explosivos dentro do veículo com os alimentos, matando as dezenas de crianças e outros muitos adultos.
Não é o primeiro ataque contra civis neste mês. Na semana passada, o governo americano revelou que fontes conseguiram informações que o governo ditatorial sírio teria sido o responsável pelo ataque com armas químicas contra não militares.
Images do tal ataque repercutiram no mundo. Em contrapartida, o presidente Donald Trump enviou dezenas de mísseis ao país, que atingiram uma base militar, o que causou o furor da aliada Rússia, de Vladimir Putin. A comunidade internacional olha atenta esses conflitos e já há especialistas que garantem que eles são tão importantes que podem ser capazes de gerar até mesmo uma terceira guerra mundial.