06/12/2018 às 19h56min - Atualizada em 06/12/2018 às 19h56min

Homem de bicicleta executa travesti a tiros após programa sexual

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Uma travesti foi assassinada na noite dessa terça-feira (4/12) em Taguatinga Sul. A vítima, Carlos Ruan Rodrigues, conhecida como Carla, tinha 21 anos e foi morta com um tiro de revólver calibre .22 nas costas.

Uma testemunha viu o momento em que a travesti caminhava na Quadra 10 do Setor G Sul e era seguida pelo acusado do crime. Segundo ela contou na 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul), o assassino estava de bicicleta e vestia uma jaqueta verde camuflada, semelhante a do Exército Brasileiro.

A dupla seguiu em direção a um quiosque, local onde é comum os travestis fazerem programas com clientes. Pouco tempo depois, a mesma testemunha ouviu a vítima gritar por socorro e, em seguida, vários disparos foram feitos.

Assustada, a pessoa saiu correndo em direção contrária. Outros travestis visualizaram o suspeito fugindo para o local conhecido como “Favelinha”. De acordo com a perícia da Polícia Civil, a vítima foi atingida por disparo de arma de fogo na região das costas, próximo à axila esquerda, que atravessou todo o tórax, saindo embaixo do peito direito.

O assassinato ocorreu na mesma região onde, em janeiro do ano passado, Ágatha Lios, 23 anos, morreu tentando escapar da brutalidade de seus algozes. Ela foi esfaqueada dezenas de vezes dentro de uma central de distribuição dos Correios, próximo ao local onde costumava fazer ponto.

Registrada como Wilson Julio Suzuki Júnior, Ágatha foi executada a golpes de facão. Filmado pelas câmeras de segurança, o assassinato, segundo testemunhas, foi motivado por inveja, vingança e disputa por ponto de prostituição.

O assassinato investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) acabou revelando a briga por pontos de prostituição que existe nas ruas do Setor de Indústrias de Taguatinga Sul.

As vias são comandadas por cafetões que cobram uma espécie de pedágio de quem quer se prostituir no local. Por dia, cada travesti desembolsa entre R$ 50 e R$ 100 para ocupar um ponto. Caso se recuse, pode sofrer retaliações de todo tipo, desde assaltos, passando por espancamentos, até assassinatos. Com Metrópoles


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