22/11/2018 às 22h06min - Atualizada em 22/11/2018 às 22h06min

Kita toma posse em janeiro e será o quarto prefeito de Bayeux em 2 anos

A Prefeitura de Bayeux, na grande João Pessoa, vive um momento pouco comum na história. No aniversário de dois anos do atual mandato, um quarto nome sentará na cadeira de prefeito. O eleito para o cargo foi o prefeito Berg Lima (sem partido). Ele foi afastado das funções em 5 de julho do ano passado sob a acusação de corrupção. No lugar dele assumiu o vice, Luiz Antônio (PSDB). Ele, no entanto, foi cassado pela Câmara Municipal por suposto envolvimento em trama envolvendo um empresário da cidade. O cargo foi assumido, então, presidente da Câmara, Nôquinha (PSL). O mandato dele, no entanto, acaba no dia 31 de dezembro.

Como as eleições para o segundo biênio da Câmara de Bayeux foram antecipadas, o presidente da Casa será Jefferson Kita (PSB). Então, a partir de 1° de janeiro, ele passa a comandar a prefeitura como interino. O vice, Inaldo Andrade, assume a Câmara. A situação vai permanecer neste patamar até que haja cassação do mandato de Berg Lima ou o retorno dele ao cargo. Em caso de cassação, caberá à Câmara comunicar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a vacância do cargo. Isso se a cassação ocorrer ainda neste ano. Caso contrário, a eleição será indireta, ou seja, com os vereadores escolhendo o novo prefeito.

E por falar em processo de cassação, este é o ponto de maior polêmica hoje na Casa. Nesta terça-feira (20), muitas pessoas lotaram as galerias para cobrar eleições diretas. Para isso, a Câmara Municipal tem que cassar o mandato de Berg Lima. Ele chegou a ser inocentado em um processo, mas tramita outro no Legislativo. Neste, a comissão processante aceitou denúncias de contratação de carros fantasmas e irregularidades previdenciárias. A perspectiva é a de que a votação aconteça ainda neste ano, para forçar a realização de novas eleições diretas.

Caso a discussão seja procrastinada e a discussão passar para o próximo ano, a eleição será indireta, ou seja, os próprios vereadores elegem o prefeito. Esse, inclusive, é um ponto de discussão entre os parlamentares. A alegação é a de que há falhas no Regimento Interno da Câmara, que prevê apenas eleições indiretas. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi apresentada pela vereadora Luciene de Fofinho (PSB). A ideia é corrigir a distorção. A discussão do tema, nesta terça-feira, terminou com quebra-quebra e confronto entre população e seguranças da Casa.

Se tudo ocorrer conforme o esperado, havendo a cassação de Berg Lima, um novo prefeito será escolhido. Com isso, poderemos ter o quinto a comandar o Executivo em pouco mais de dois anos. A situação da população, na cidade, não tem sido fácil. Desde que deixou o cargo, apesar de não estar trabalhando, Berg Lima embolsou R$ 324,1 mil em salários.
Blog do Suetoni


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