05/11/2018 às 16h10min - Atualizada em 05/11/2018 às 16h10min

Doria anuncia Kassab como chefe da Casa Civil

Ex-ministro do governo Dilma e Temer, o ex-prefeito de SP vai compor o secretariado do governo tucano. Rodrigo Garcia assumirá a Secretaria de Governo.

O governador recém-eleito, João Doria (PSDB), que assumirá o governo do Estado de São Paulo em 1º de janeiro de 2018, anunciou nesta segunda-feira (5) que o ex-prefeito da capital e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab (PSD), será o chefe da Casa Civil durante sua gestão.

Kassab acompanhou Doria por ocasião da votação do candidato no 1º turno, em 7 de outubro, em São Paulo. Ele integrou os governos da petista Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer (MDB).

"Gilberto Kassab assumirá a área de articulação institucional e politica. Kassab é uns dos melhores articuladores atuais, se não o melhor, e assume como secretário da Casa Civil e toda a articulação institucional e política do nosso governado”, disse Doria durante a apresentação dos novos integrantes de seu futuro governo.

Kassab foi questionado por assumir a pasta sendo réu em um processo na Lava Jato em São Paulo. Disse: “Eu estou muito tranquilo em relação a isso, estas acusações são infundadas. Pautei minha vida pública pela moralidade e confio no Ministério Público e na Justiça e na imprensa”, disse Kassab

Já o vice na chapa de Doria, Rodrigo Garcia (DEM), assumirá as funções da Secretaria de Governo, segundo a assessoria do futuro governador. Garcia, já responsável pela transição, assumirá a articulação de governo. Segundo Doria, Garcia assumirá cumulativamente a secretaria de Governo, que deixará de existir como pasta.

Rodrigo Garcia falou que está conversando com Marcio França sobre como será o processo de transição, mas que França ainda não marcou a primeira reunião. Segundo Garcia, a ideia de Doria é enxugar a máquina público no campo do meio, focando nos serviço.

“Serão reduzidas, sim, as secretarias, teremos um número menor, mas não sei o número ainda. haverá aglutinação de algumas áreas para maior eficiência e também promover um governo mais enxuto e focado, e isso vai permitir maior eficiência de gestão”, disse Doria.

Doria disse ainda que se reuniu com o atual ministro da Fazenda do governo de Michel Temer, Eduardo Guardia, ao qual Doria chamou de “consultor privilegiado”. Segundo Doria, seu governo vai “manter a política fiscal rigorosa, mantendo as conquistas dos governos Alckmin, Serra e Covas como uma gestão eficiente e no azul, e fortalecer as relações no âmbito federal com o novo governo”, em especial para os segmentos de desestatização, captação de novos investimentos e criação de empregos.

Doria disse que tem falado quase todos os dias com Paulo Guedes, consultor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para afinar os caminhos do estado e união em relação à economia. "Um dia sim, dia não, falo com Paulo Guedes ao telefone e o ministro tem deixado muito claro sua visão sobre a importância do pacto federativo, que no futuro ele falará para vocês, e nosso entendimento tem sido muito fortalecido pelas visões em relação à economia liberal, uma postura descentralizadora e de captação de investidores internacionais”, disse Doria.

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Estes são os dois primeiros nomes anunciados por Doria para a gestão, que irá suceder o governador em exercício Márcio França (PSB), que se saiu derrotado no segundo turno da disputa eleitoral.

Na semana passada, Doria disse que não vai morar no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governo no Morumbi, Zona Sul da capital. Ele também prometeu cortar gastos reduzindo o total secretarias e de carros oficiais.

Os anúncios foram feitos pelas redes sociais. “Ali [Palácio dos Bandeirantes] será sede do trabalho, eu não vou residir no palácio”, declarou. O deslocamento entre a casa de futuro governador, no Jardim Europa, Zona Oeste, e o palácio vai ter que seguir um aparato de segurança, cujos detalhes ainda não foram definidos.

João Doria não será o primeiro governador de São Paulo a tomar essa decisão. Ex-governadores como Alberto Goldman, em 2010, e Paulo Maluf, em 1979, não moraram no Palácio dos Bandeirantes.

Segundo Doria, os funcionários que trabalham na área reservada para o governador e sua família no palácio vão ser remanejados.

“Vamos transferir para áreas onde eles possam ser úteis ao governo e possam, com seu trabalho, serem aproveitados em outras áreas de governo. O objetivo não é demitir ninguém que lá está, mas sim dar o aproveitamento a essas pessoas em áreas onde efetivamente serão úteis.”

A sede do governo de São Paulo também abriga 15 órgãos, onde trabalham 2 mil funcionários e onde há acervos importantes do estado. Desde 1977 o local é aberto à visitação pública.

G1


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