18/08/2018 às 09h45min - Atualizada em 18/08/2018 às 09h45min

Morre Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e Nobel da Paz

FOTO: PAULO LIEBERT/ESTADÃO CONTEÚDO
Morreu neste sábado (18/8), aos 80 anos, em um hospital de Berna, na Suíça, o ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2001, Kofi Annan. As informações foram divulgadas pelo portal da rede de televisão BBC.

O ganês foi o primeiro negro a presidir a ONU, onde ficou por dois mandatos, entre 1997 e 2007. As causas da morte não foram divulgadas.
Formado em economia, Kofi Annan conduziu políticas sensíveis para minimizar problemas mundiais, como a pobreza, refugiados de guerra e combate à Aids. Antes de deixar a liderança da ONU, ele também trabalhou na tentativa de pacificar Síria.

A fundação que leva seu nome, pelo Twitter, divulgou uma nota de pesar lamentando a perda. “É com imensa tristeza que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan faleceu neste sábado após uma breve doença. Sua esposa Nane e seus filhos Ama, Kojo e Nina estavam ao seu lado durante seus últimos dias”, diz o texto.

“Profunda tristeza”

António Guterres, atual secretário-geral da ONU, emitiu um comunicado expressando sua “profunda tristeza”. “De muitas formas, Annan era a ONU. Ele subiu dentro da organização para liderá-la ao novo milênio, com dignidade e determinação”, escreveu.O português insistiu que Annan foi seu mentor e indicou que, “em tempos turbulentos”, ele nunca deixou de agir. Annan mantinha uma estreita amizade com Sergio Vieira de Mello, o brasileiro que liderou a ONU por algumas das maiores crises humanitárias e que morreu há 15 anos em Bagdá.
 
Annan ainda teve seu mandato marcado pela decisão de denunciar como “ilegal” a guerra de George W. Bush no Iraque. A partir de então, ele passou a ser alvo de ataques por parte da diplomacia americana. Meses depois de sua declaração, Annan viu seu filho acusado de envolvimento em escândalos de corrupção.

O africano ficou abalado com a ofensiva contra ele e sua família e, por meses, chegou a perder sua voz. Redação com Agência Estado


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