20/07/2018 às 06h55min - Atualizada em 20/07/2018 às 06h55min

Justiça suspende eleições na API por suspeita de fraude

A Sétima Vara Cível de João Pessoa suspendeu no final da tarde desta quinta-feia (19) as eleições para nova diretoria da Associação Paraibana de Imprensa (API). Conforme a decisão, o processo eleitoral na API está suspenso pelo prazo de 30 dias.

O pleito estava marcado para acontecer nesta sexta-feira (20) e sábado (21).

O pedido de suspensão das eleições foi apresentado por aliados da professora e jornalista Sandra Moura, que que disputa à Presidência da API. Eles alegam que cerca de 100 novos filiados/eleitores foram incluídos pela atual diretoria, que tem a frente o jornalista João Pinto, que disputa a reeleição.

A inclusão dos novos eleitores não passou pelo aval da Comissão de Sindicância e nem do Conselho Deliberativo.

Por determinação da juíza Ivanoska Maria Esperia, o presidente da API, João Pinto, terá que fornecer documentos solicitados pela chapa de oposição, ou seja, a relação e data de ingresso dos novos filiados, em nome da transparência e em obediência ao Estatuto da entidade.

A Chapa API na Vanguarda para Todos e Todas, encabeçada por Sandra Moura, divulgou ainda há pouco uma nota onde explica os motivos pelos quais recorreu à Justiça para garantir a lisura nas eleições da API.

Confira a nota:

POR ELEIÇÕES LIMPAS NA API, EM RESPEITO AOS ASSOCIADOS

Eis as razões maiores que levaram um grupo de filiados a buscar na Justiça a legalidade e a moralidade que devem conduzir o processo eleitoral para renovação dos quadros dirigentes da Associação Paraibana de Imprensa (API).

Legalidade e moralidade pressupõem, entre outros deveres incontornáveis, o estrito cumprimento dos dispositivos estatutários que regem a entidade, alvos de flagrante e continuado desrespeito pelo atual Presidente.

Lamentavelmente, entre outras irregularidades, o sr. João Pinto chega ao fim do mandato sem apresentar uma única prestação de contas aos associados, obrigação que o Estatuto da API manda ser cumprida anualmente.

O atual presidente sequer prestou contas das receitas e despesas da entidade nem mesmo quando formalmente cobrado – como o foi – por outros dirigentes da API, a exemplo da Vice-Presidente e do próprio Tesoureiro.

Como se não bastasse, no mandato em curso dezenas de novas filiações ampliaram o quadro de associados sem que fossem submetidas à Comissão de Sindicância, que deveria ser eleita pelo Conselho Deliberativo da API, jamais convocado pelo atual presidente.

Diante de mais essa e de tantas outras transgressões ao Estatuto, a Chapa API na Vanguarda decidiu procurar meios legítimos e legais de não submeter os destinos da entidade a um processo eleitoral ostensiva e deliberadamente comprometido.

Recorrer à Justiça para salvar a entidade e resgatá-la da visível degradação em que se encontra é muito mais do que um direito de qualquer associado. É dever irrenunciável imposto pela realidade presente da API.
De outro lado, fique bem claro que de modo algum os membros da Chapa de oposição temem o embate nas urnas.

A história pessoal e profissional de cada um é marcada por expressivas vitórias nas disputas internas das categorias a que pertencem.

Lamentavelmente, no caso presente da API, não há a menor chance de prevalecer democracia ou um mínimo de paridade nas condições de disputa nas eleições que seriam realizadas nestes dias 20 e 21 de julho de 2018.

Permitir votações como queriam o atual presidente e seu comando de campanha seria coonestar com a ilegalidade, trair princípios e valores da grande maioria dos associados da API, que abomina qualquer tentativa de fraudar eleições de que participam.

Pelos mesmos motivos e por toda a sua trajetória, os componentes da Chapa API na Vanguarda não aceitam nem compactuam com imoralidades, falta de ética e de compromisso com os interesses da entidade e de seus filiados.
Em João Pessoa, Paraíba, 19 de julho de 2018.

API NA VANGUARDA PARA TODOS E TODAS



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