03/07/2018 às 11h19min - Atualizada em 03/07/2018 às 11h19min

Em busca de oportunidades, venezuelanos são transferidos para Paraíba

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Cidades como São Paulo e Cuiabá já receberam imigrantes venezuelanos / Foto: Antônio Cruz – Agência Brasil
O Governo Federal, em parceira com a Organização das Nações Unidas no Brasil, realiza nesta terça-feira (3) um nova etapa do processo de interiorização de venezuelanos. Ao todo, serão encaminhados 164 imigrantes que estavam em Boa Vista (RR), para as cidades de Conde (PB), Igarassu (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

O objetivo do governo com a interiorização é favorecer melhores condições dos venezuelanos em outros estados, já que a capital de Roraima recebe a maior parte dos imigrantes devido a região fronteiriça. O programa ocorre após os próprios venezuelanos solicitarem a transferência.

A estimativa é que 45 pessoas sejam levadas para o Conde, 69 para Igarassu e 50 para o Rio de Janeiro. De acordo com o governo, os estados recebem venezuelanos voluntários pela primeira vez.

Os imigrantes sairão em dois voos – um deles de Boa Vista com destino ao Recife e outro para o Rio de Janeiro. O primeiro grupo é majoritariamente de homens e mulheres entre 18 e 30 anos, já o segundo de mulheres, crianças e adolescentes.

Entre abril e maio, 527 venezuelanos foram levados para as cidades de São Paulo, Cuiabá e Manaus.

Cotas

No dia 21 de junho, o presidente da República, Michel Temer, a lei que amplia os serviços de assistência para imigrantes. O texto foi originado da Medida Provisória (MP) 820, editada após a intensificação do fluxo de venezuelanos no estado de Roraima. Na sanção, foi vetado trecho que previa cotas para transferência dos abrigados para outras regiões.

O trecho foi incluído durante as votações da MP no Congresso Nacional. A previsão era a de que o governo federal poderia “sugerir” que os refugiados fossem acolhidos em outros estados, a partir de uma “prévia avaliação técnica da capacidade de absorção do ente federativo”, considerando as “condições específicas das pessoas a serem acolhidas, como a existência de vínculo familiar ou empregatício no País”. O dispositivo, no entanto foi criticado por senadores.


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