Conflito em praça de alimentação: segurança tenta impedir que cliente pague almoço para menino - Reprodução
O segurança de um shopping em Salvador, na Bahia, tentou impedir um homem de pagar um almoço para um menino e causou indignação em quem estava na praça de alimentação. Na tarde desta segunda-feira, o autônomo Kaique Sofredine, de 20 anos, estava na praça de alimentação do Shopping da Bahia com sua esposa e sócia, quando foi abordado por um menino vestindo a camisa do Esporte Clube Vitória, vendendo chicletes.
"Você quer mesmo comer?" perguntou o homem. O menino disse que sim e Kaique foi ao balcão pedir a refeição. Foi quando um segurança do shopping começou a tentar impedir a ação. O homem teria dito que o menino não podia estar ali incomodando. Kaique retrucou que não estava sendo incomodado.
Foi aí que começou o bate-boca. Uma mulher que estava na praça de alimentação começou a gravar o conflito. O vídeo publicado na página de Kaique teve mais de 400 mil compartilhamentos até a publicação desta matéria.
Pelas imagens, é possível ver que o segurança intervém quando o homem já está no balcão para fazer o pedido.
- "Eu vou pagar e ele vai comer." "Ele é um ser humano como outro qualquer, ele vai comer."
- "Ele não vai comer. O meu trabalho é esse", diz o segurança, que impede a atendente de entregar o prato de comida aos dois.
- "Eu queria ver se fosse o seu filho que estivesse na rua passando fome."
As frases são ouvidas no vídeo. Após o bate-boca, o segurança chama reforço. No vídeo, o agente chega a segurar a criança pelo braço, mas o cliente a toma para si.
Após a chegada de um supervisor,finalmente Kaique consegue comprar o almoço para o menino. O supervisor teria dito que o menino comeria e que depois seria retirado do shopping. Ao final da refeição, o menino foi acompanhado por Kaique até a saída do shopping.
No vídeo, o jovem diz que iria processar o shopping, o que está sendo estudado por sua advogada.
Kaique diz que não esperava que o vídeo tivesse tanto alcance. Segundo ele, a postagem foi uma forma de divulgar a situação."Fiquei muito triste", desabafou. Religioso, ele diz que costuma participar de distribuição de comida na rua. "Foi na vivência do Candomblé, com meu Pai de Santo, que aprendi a ajudar as pessoas. Eles sempre promovem essas ações", comentou.