07/06/2018 às 09h58min - Atualizada em 07/06/2018 às 09h58min

Herança de R$ 70 milhões teria motivado morte de empresário; genro nega

MaisPB
Foto: Foto: Albemar Santos/MaisPB
A morte do empresário da construção civil Arnóbio Ferreira Nunes, 77 anos, está relacionado ao seu patrimônio avaliado em R$ 70 milhões, segundo investigação da Polícia Civil. O genro da vítima foi preso nesta quinta-feira (07), suspeito de planejar o homicídio. Outras seis pessoas que integrariam o grupo também foram presas.

De acordo com o delegado Aldroville Grisi, o suspeito de ser o mentor intelectual do crime, Antônio Cícero, genro do empresário, por ser uma pessoa influente na família não queria perder o controle das negociações na formatação de um inventário da partilha dos bens.

Conforme o delegado, no celular dele foram encontradas hoje várias ligações para Carlos Rogério da Silva, acusado de homicídio e apontado como responsável por articular a contratação do executor do crime.

“Ele era uma pessoa que estava a frente de todos o autos. Ele não queria perder o controle dessa situação. Além do mais, temos provas que ele tinha uma divida muito extensa com a vítima”, destacou.

De acordo com o delegado, a esposa de Antônio Cícero, filha da vítima, também será ouvida e interrogada apesar de ter afirmado que nunca desconfiou da articulação do marido. “Temos que manter os olhos abertos sobre ela. Também será ouvida, interrogada e daremos prosseguimento ao processo que não se encerra agora”, afirmou.

Em todos os momentos Antônio Cícero negou participação no crime e disse que não tinha dívidas com o sogro. Ele considerou a ação da Polícia Civil um “circo montado”.

“O delegado vai ver nas investigações finais e a Justiça vai provar. Eu não tenho nada com isso. Eu não devo. Pode verificar minha vida. Muito pelo contrário”, destacou.

O crime aconteceu no dia 24 de novembro do ano passado durante um suposto assalto em Manaíra quando o construtor chegava ao escritório de sua empresa. Imagens de câmeras de segurança mostram toda a ação do criminoso, que chegou ao local em uma motocicleta.

Além de Antônio Cícero, outras seis pessoas foram presas hoje por ligação com o crime como apoio logístico e recebimento de parte do dinheiro pago para a morte do empresário.

Entre os presos hoje estão: Cícero Antônio da Cruz Almeida (genro do empresário), José Ailton da Silva Constantino, Carlos Rogério da Silva Pereira, Raquel Ferreira Fernando, José Ricardo da Silva Inocêncio, Cristiane Pinheiro da Silva, Débora Regina Maria de Souza.

Veja a participação de cada um dos suspeitos (segundo a Polícia Civil):

Cícero Antônio da Cruz Almeida (genro do empresário): mentor

José Ailton da Silva Constantino: associado no crime como suporte logístico. É aponto como ‘braço direto’ de Carlos Rogério

Carlos Rogério da Silva Pereira: acusado de quatro homicídios, ficava em contato direto com o mandante. É aponto como responsável por articular a contração do executor do crime. Fugiu após o crime e colocou a esposa para articular repasses financeiros

Raquel Ferreira Fernando: esposa de Carlos Rogério, ela fazia contatos pessoais com Débora Regina, ex-esposa de Josivaldo, o executor do crime

José Ricardo da Silva Inocêncio: esposo de Cristiane, ele atuou no suporte logístico do crime

Cristiane Pinheiro da Silva: esposa de José Ricardo,ela recebeu valores para repassar para Josivaldo e garantir o seu silêncio

Débora Regina Maria de Souza: esposa de Josivaldo. Ela exigiu dinheiro de Carlos Rogério para modificar seu depoimento testemunhal


 


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