02/02/2017 às 14h04min - Atualizada em 02/02/2017 às 14h04min

Rodrigo Maia é reeleito para presidência da Câmara

Uol
Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Apesar da disputa jurídica que envolve sua candidatura, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi eleito para um mandato completo, de dois anos. Ele levou a disputa em primeiro turno, com 293 votos.

No ano passado, quando foi escolhido para um "mandato-tampão", Maia teve 120 votos na primeira votação --no segundo turno, ele bateu Rogério Rosso (PSD-DF) por 285 a 170. O político do DEM comandará a Casa até fevereiro de 2019.

Apesar de o Palácio do Planalto não ter declarado, Maia era o nome favorito do presidente Michel Temer (PMDB) para o comando da Casa. O presidente reeleito ainda costurou uma aliança com ao menos 10 dos 26 partidos com representação na Câmara, o que também deixou sem força as candidaturas de Jovair Arantes (PTB-GO), André Figueiredo (PDT-CE), e Júlio Delgado (PSB-MG), Erundina (PSOL-SP) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Os rivais, que tentavam levar a disputa ao menos para o segundo turno, inclusive tentaram impedir a candidatura de Maia. Na última segunda-feira (30), três dias antes da eleição, eles entraram com um mandado de segurança contra a presença do deputado do DEM na disputa. O grupo argumentava que, como atual presidente da Casa, Maia não pode ter um novo mandato dentro da mesma legislatura (2015-2019). Um parecer da assessoria jurídica da Câmara aponta que o regimento interno da Casa segue o mesmo entendimento.

No entanto, liminar do ministro Celso de Mello, do STF, permitiu a candidatura de Maia nesta quarta-feira (1º).
Homenagens a Marisa na sessão
A sessão começou às 9h da manhã e foi marcada pelos discursos dos candidatos e até por menções à morte cerebral da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Julio Delgado (PSB-MG), um dos candidatos, chegou a sugerir a suspensão da sessão "em respeito à família" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vários deputados também citaram Marisa em seus discursos.

Rodrigo Maia defendeu, em sua fala, a necessidade de soberania do Legislativo e criticou o que definiu como "radicalismos" anteriores a sua gestão. Seu principal rival, Jovair, fez oito promessas aos colegas, entre elas, afirmou que os deputados só trabalharão até as 21h caso ele ganhe a eleição da Casa.

Assumindo o cargo
Em julho de 2016, Maia chegou ao cargo para um "mandato-tampão" após uma eleição para escolher o substituto do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao cargo no mesmo mês.

Cunha havia sido afastado do cargo pelo STF (Supremo Tribunal Federal) dois meses antes, após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que argumentava que o deputado utilizava a posição de presidente da Câmara para obstruir investigações contra ele realizadas pela Lava Jato.

Atualmente, Cunha está preso em Curitiba em função de denúncias contra ele no âmbito da operação.


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