01/02/2017 às 13h40min - Atualizada em 01/02/2017 às 13h40min

Preso suspeito de assaltar carros-fortes presta concurso para PM

Hora1
Um homem, que está preso no Piauí, foi liberado pela Justiça para fazer a prova de um concurso público no Maranhão. Mas não é um concurso qualquer. É o que seleciona futuros policiais militares.

A calça cumprida escondeu a tornozeleira eletrônica usada pelo detento Luís Carlos Rodrigues de Oliveira, que chegou sem escolta para fazer o teste físico do concurso da Polícia Militar do Maranhão. Ele foi preso em dezembro em Teresina, suspeito de participar de dois assaltos a carros-fortes no Maranhão e no Piauí. Segundo as investigações, teriam sido roubados R$ 1,5 milhão.

De acordo com a polícia, houve troca de tiros no dia da prisão. Dois suspeitos foram mortos. Com o grupo foi encontrado um arsenal com armamento de grosso calibre e até dinamite. Luís Carlos e outro suspeito foram presos.

Na decisão, o juiz piauiense Lirton Nogueira Santos autoriza a saída temporária de Luís Carlos da prisão porque o denunciado tem um filho de 11 anos e uma esposa acometida por uma grave enfermidade. Nos testes de aptidão física o detento teve um desempenho ruim em todas as etapas.

Luís Carlos Nogueira foi reprovado. Ele disse que o fato de estar preso e de não ter como treinar atrapalhou o desempenho nos testes. Ele disse ainda que irá provar que é inocente e que esperará o próximo concurso para tentar de novo ingressar na Polícia Militar.

A decisão judicial que autorizou a saída do preso para participar do concurso da PM surpreendeu até a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, que defende a re-socialização de detentos, mas não dentro de uma instituição como a Polícia Militar. A Associação dos Policiais Militares de São Luís também se manifestou contrária à participação de um detento no concurso.

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão declarou que respeita e cumpre decisões judiciais. A fundação responsável pela seleção disse que o concurso tem uma etapa de investigação social, feita pela Polícia Militar, na qual todos os candidatos devem comprovar que não têm antecedentes criminais.


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