05/04/2018 às 13h21min - Atualizada em 05/04/2018 às 13h21min

Ricardo quebra o silêncio, defende guarda particular e chama Cássio de 'malandro'

MaisPB
Foto: Reprodução
O silêncio do governador Ricardo Coutinho (PSB) sobre a criação de uma guarda formada por policiais militares para fazer a segurança de ex-governadores foi quebrado nesta quinta-feira (05). Coutinho defendeu a legitimidade da segurança particular, fez ataques e relacionou o caso ao atentado sofrido pelo ex-governador Tarcísio Burity.

“Talvez se o ex-governador Tarcísio Burity tivesse um segurança não teria sofrido o atentado que sofreu”, disse o governador. Alvo de intensas críticas após a criação da guarda ser publicizada, o gestor mais uma vez culpou a imprensa e o senador Cássio Cunha Lima por uma “criação midiática”.

 
“Determinados governantes que fizeram críticas nunca tiveram problema com segurança porque sempre compactuaram com a bandidagem seja de colarinho branco. Observem o que está acontecendo na Região Metropolitana de João Pessoa, todo mundo que caiu é ligado a eles, aparecia de braço dado com Cássio”, disse.

Segundo ele, mesmo a lei estabelecendo que a guarda será formada por três policiais militares, apenas um atuaria diariamente na segurança do ex-governador, caso fosse reivindicado. “O que é justo, para quem tomada medidas fortes, como eu, e que eles deveriam ter tomados”, afirmou.

A guarda foi criada às vésperas de Coutinho anunciar se permanece ou deixa o Governo para disputar uma vaga no Senado. A mudança na lei ocorreu por meio de uma emenda apresentada pelo então deputado Hervázio Bezerra. De acordo com a Oposição, a proposta não tramitou pelas Comissões da Assembleia Legislativa. Também não há registros na Casa sobre a votação, que ocorreu no dia do apagão que atingiu o Norte e Nordeste, no dia 21 de março.

A lei foi sancionada somente na edição do Diário Oficial do Estado de 31 de março, divulgado apenas nessa quarta-feira (04). O governador se negou a falar sobre o assunto ontem e repreendeu perguntas sobre o tema durante inauguração do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. O líder da Oposição, Bruno Cunha Lima, apresentará projeto para revogar a criação da guarda.


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