26/01/2017 às 11h48min - Atualizada em 26/01/2017 às 11h48min

Prefeitura de cidade paraibana tem energia cortada por débito de R$ 150 mil deixado por ex-prefeito

Assessoria
A falta de pagamento das contas de energia elétrica referente aos meses de novembro e dezembro de 2016, provocou cortes em prédios da Prefeitura Municipal de Alhandra (PMA), nesta quinta-feira (26). Técnicos da Energisa, empresa distribuidora de energia que atua em boa parte do estado, suspendeu o fornecimento de energia. Os cortes foram confirmados pela assessoria de imprensa da companhia que destacou o início da renegociação de uma dívida de R$ 150.489,55, deixada pela gestão do ex-prefeito Marcelo Rodrigues.

Nesses 26 dias de gestão, o atual prefeito de Alhandra, Renato Mendes (DEM), vem se desdobrando para reequilibrar as finanças do município. Ele iniciou o processo para o pagamento da dívida junto à empresa Energisa e desde que assumiu o mandato, em 1º de janeiro de 2017, Renato tenta negociar o débito e evitar mais transtornos. Na primeira tentativa, Renato Mendes conseguiu parcelar o valor em 10 vezes de R$ 11.367,81 porém, a entrada tinha que ser de R$ 45 mil.

Sem recursos, a prefeitura enviou uma contra proposta para a Energisa que até o momento não obteve resposta, ou seja, a empresa preferiu realizar o corte do fornecimento de energia.

Assumindo a gestão com grande dificuldade financeira, o prefeito Renato Mendes informou que a primeira parcela do FPM de Alhandra, repassada no dia 10 de janeiro, no montante de quase R$ 500 mil foi bloqueada e destinada ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), porque o ex-prefeito Marcelo Rodrigues (PMDB), de modo inconsequente e irresponsável, não efetuou o repasse dos valores previdenciários, descontados dos contratados, comissionados e prestadores de serviço do município ainda de sua gestão, fazendo restar aos cofres municipais a ínfima quantia de R$ 9.875,32.

De acordo com o assessor jurídico da prefeitura de Alhandra, José Augusto Meirelles, o corte de energia foi uma surpresa, tendo em vista que a prefeitura está em fase de renegociação da dívida com a Energisa. “Infelizmente são muitos débitos deixados pelo ex-gestor e o estamos acionando judicialmente. Mas, devido à falta de recursos, a gestão elegeu prioridades como reestruturação das escolas para início do ano letivo, pois as escolas estavam completamente sucateadas. Além disso, Alhandra estava tomado por lixo e uma nova empresa de limpeza foi contratada, a saúde foi outra prioridade pois foi necessário a aquisição de medicamentos e materiais essenciais para o pleno funcionamento do Hospital e PSFs, como também o repasso do duodécimo da Câmara que é obrigação constitucional do executivo. Mas, já estamos em contato com a direção da Energisa visando solucionar esse problema o mais urgente possível, disse Meirelles.

Desde que assumiu o cargo, o atual gestor busca regularizar outros débitos deixados pelo ex-prefeito Marcelo Rodrigues. O Banco do Brasil também emitiu aviso de cobrança pelo não repasse de valores referentes a empréstimos consignados, mesmo tendo a antiga gestão descontado os devidos montantes dos pagamentos dos servidores. A ausência do repasse deixou a Prefeitura inadimplente com a instituição financeira podendo, inclusive, provocar inserção dos nomes dos servidores em listas do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) e Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa).


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