06/03/2018 às 18h35min - Atualizada em 06/03/2018 às 18h35min

MPT determina interdição imediata do IPC em João Pessoa

Portalcorreio
Prédio do IPC/Foto: Divulgação/Ascom MPT-PB
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) determinou a interdição imediata e evacuação em até 24 horas de toda a estrutura do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), no bairro do Cristo, em João Pessoa. A determinação foi divulgada nesta terça-feira (6), durante entrevista coletiva, e é baseada no “grave e iminente risco de condições de trabalho do órgão”.

Na determinação, foi definido que a partir desta terça “não poderá haver nenhuma atividade no IPC” até que as irregularidades apontadas sejam sanadas. Além disso, também é recomendado que os servidores continuem recebendo salário durante o período sem trabalho.

Segundo o MPT-PB, foram encontradas irregularidades na sala de radiologia forense, nos laboratórios, arquivo e almoxarifado, além dos alojamentos. Também foram detectadas ilegalidades nas instalações elétricas, de combate a incêndio e de atendimento ao público.

No relatório técnico, a fiscalização encontrou câmaras frias sujas e vazamentos de material biológico no setor de necropsia, improvisação de materiais de trabalho e presença de insetos.

O governo do Estado foi notificado da determinação do MPT-PB, mas até a publicação desta matéria não havia se posicionado sobre o assunto. Ao Balanço geral, da rede Correio Sat, a direção do IPC informou que já recebeu a notificação e que trabalha para que os usuários do serviço não sejam prejudicados.

 
“Os problemas encontrados são de total ausência do Estado. Faltou esse olhar do Estado no tocante ao investimento nessa instituição. Por conta dessa opção de não investir é por isso que o IPC está no estado que se encontra”, afirmou o presidente do Sindicato dos Peritos da Paraíba, Hebert Teixeira.

Já o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas, disse que a inspeção apenas confirmou a gravidade das denúncias recebidas e que o MPT-PB não vai permitir a falta de condições de trabalho.
“Iniciamos com a imediata inspeção por conta da gravidade das denúncias. Vamos lutar pela permanência da intervenção administrativa. O MPT entende que aquelas condições de trabalho não podem continuar. São condições de indecência a dignidade dos trabalhadores daquele local. Vamos lutar até que o governo do Estado apresente condições dignas aqueles trabalhadores. O relatório está repleto de várias irregularidades. Vamos intimar o secretário de Segurança para depor “, afirmou Eduardo Varandas.


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