24/01/2018 às 10h33min - Atualizada em 24/01/2018 às 10h33min

Lula acompanha julgamento em sede do Sindicato dos Metalúrgicos

Metrópoles
FOTO: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Do local, ele acompanha, nesta quarta-feira (24/1), o julgamento do recurso contra a sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.

Em meio a apoiadores, o petista cruza os dedos contra uma eventual nova sentença desfavorável, que poderia torná-lo inelegível para as eleições deste ano. Três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), decidem o futuro político de Lula.
Julgamento

Não somente o destino do petista está em jogo. O veredito da Corte federal terá grande influência no cenário político nacional, visto que Lula é um dos principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano.

Em sua primeira sessão em 2018, a 8ª Turma analisa recursos do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa do petista, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de reclusão no caso do triplex do Guarujá (SP) em julho passado. Segundo a acusação, o ex-presidente beneficiou a construtora OAS em contratos com a Petrobras em troca de propina.

Os advogados pedem a absolvição de Lula. Já o MPF, o aumento da pena para até 18 anos de prisão e a condenação de outros três acusados, todos ex-diretores da empreiteira, que foram absolvidos em primeira instância.

Cenário turvo e polarizado

No entanto, o julgamento desta quarta (24) não representa uma desfecho no processo contra Lula, já que, independentemente do resultado, tanto a defesa quanto o Ministério Público podem apresentar novas apelações. A sessão, contudo, pode indicar a inelegibilidade do petista, líder das intenções de voto na disputa para o Palácio do Planalto nas eleições gerais de outubro.

Segundo a Lei da Ficha Limpa, condenados em segunda instância não podem se candidatar a cargos públicos. Portanto, caso o TRF-4 mantenha a sentença de primeira instância, Lula se torna, em tese, inelegível. Se esse for o cenário confirmado, a disputa pela Presidência, que já é incerta, torna-se ainda mais turva.

 


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