20/11/2017 às 09h44min - Atualizada em 20/11/2017 às 09h44min

Presidente da Federação Italiana de Futebol pede demissão após vexame de ficar fora da Copa

ANSA
Foto: Reprodução
 

Após o vexame da Azzurra ficar fora da Copa do Mundo de 2018, o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Carlo Tavecchio, anunciou sua demissão do cargo nesta segunda-feira (20).

A informação foi dada pelo conselheiro federal Marcello Nicchi na saída do encontro do Conselho Federal, realizada em Roma, e que debateria o futuro do futebol no país após a eliminação da seleção na Repescagem das Eliminatórias Europeias.

De acordo com os participantes do encontro, Tavecchio estava bastante emocionado ao anunciar sua renúncia. O agora ex-presidente ainda pediu que todos os conselheiros presentes fizessem o mesmo gesto para o renascimento do futebol italiano.

"As ambições e os conflitos políticos nos impediram de nos confrontar sobre os motivos desse resultado", disse sobre a não classificação da Itália, segundo fontes relataram à Ansa.

A saída vem após inúmeras críticas públicas de dirigentes, políticos e ex-jogadores, que pediam por uma renovação do futebol italiano.

Tavecchio, 74 anos, assumiu o cargo em agosto de 2014, após vencer uma eleição interna, na terceira rodada, com 63% dos votos. Na disputa, ele derrotou o ex-jogador Demetrio Albertini, 46. O cartola já estava na Figc desde 1987, sempre atuando na gestão das categorias amadoras do futebol e foi presidente da entidade em 1999. Entre 2007 e 2014, era um dos vice-presidentes da Figc.

Durante sua gestão, ele protagonizou polêmicas, como os comentários racistas que fez sobre os jogadores estrangeiros que atuam no futebol italiano - que gerou uma investigação na Fifa.

Seu nome sempre foi apoiado pelos maiores dirigentes de clubes do país, mas o episódio do racismo abalou sua confiança e ampliou o racha interno que já existia após a péssima campanha da Itália na Copa do Mundo de 2014, quando foi eliminada ainda na fase de grupos.

Durante sua gestão, ele contratou dois técnicos: Antonio Conte, que deixou a Azzurra para dirigir o Chelsea, e Giampiero Ventura, o treinador responsável por não classificar a equipe para a Copa pela primeira vez em 60 anos. 


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