09/08/2023 às 07h23min - Atualizada em 09/08/2023 às 07h23min

Ex-diretor da PRF é preso em operação que apura interferência nas eleições

Metrópoles
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (9/8), em Santa Catarina, Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Jair Bolsonaro.

A prisão preventiva, que aconteceu em Florianópolis, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e faz parte de operação que apura o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022.

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal — Foto: Divulgação/PRF

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal — Foto: Divulgação/PRF


Além da prisão de Silvinei, a coluna apurou que a Polícia Federal cumpre outros 10 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso, também autorizados por Moraes.

Silvinei é acusado de ter promovido, no segundo turno das eleições, blitze ostensiva e direcionada no Nordeste, região em que Lula tinha vantagem sobre Bolsonaro nas pesquisas. A PF instaurou investigação contra ele ainda em novembro do ano passado, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação. Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Prevaricação e violência política de ex-diretor da PRF

Segundo a PF, os fatos apurados podem configurar os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

A operação que prendeu Silvinei foi batizada pela PF de “Operação Constituição Cidadã”, em referência à Constituição promulgada em 1988, que garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto.

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