02/01/2023 às 14h43min - Atualizada em 02/01/2023 às 14h43min

Sob forte calor, fãs enfrentam até 2h em fila de 1,5 km para se despedir de Pelé; siga

Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
Com o caixão de Pelé colocado no centro do gramado da Vila Belmiro, autoridades e fãs começaram a se despedir do Rei do Futebol, na manhã desta segunda-feira (2/1), em Santos, no litoral paulista.

Uma multidão formou fila em frente ao estádio Urbano Caldeira para conseguir acessar o campo e ver de perto o corpo de Edson Arantes do Nascimento, que morreu aos 82 anos, na última quinta-feira (29/12).

Segundo a Polícia Militar, a fila já tem 1,5 km de extensão. Os fãs de Pelé têm aguardado cerca de duas horas em pé, sob um calor de 29ºC, para ver o ídolo pela última vez.

“A gente já esperava esse tamanho, é um evento histórico. Vamos tentar entrar. Sendo otimista, cálculo uma duas horas para chegar lá (dentro do estádio)”, disse a psicanalista Denise Arduim.
Desde cedo, familiares de Pelé estão na Vila Belmiro para despedir do Rei do Futebol, que deixa seis filhos, a esposa, Marcia Aoki, e sua mãe Celeste, de 100 anos.

Edinho, filho de Pelé que seguiu a carreira de jogador e hoje é treinador do Londrina, publicou em suas redes que o corpo do maior jogador da história do futebol estava “em casa”, se referindo à Vila Belmiro, estádio do Santos

Autoridades como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o ministro Gilmar Mendes, do STF, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já compareceram ao velório para prestar uma última homenagem a Pelé.

Velório

Os fãs que vão se despedir de Pelé terão acesso pelos portões 2 e 3 da Vila Belmiro. Foram instalados gradis no gramado para orientar o público a formar a fila que passará próximo do corpo. As autoridades terão acesso pelo portão 10 do estádio.

A previsão é que o velório termine às 10h de terça-feira (3/1). Em seguida, o corpo sairá em cortejo pelas ruas de Santos, passará pelo canal 6, onde ainda mora a mãe de Pelé, dona Celeste, e terminará no Memorial Necrópole Ecumênica, para ser sepultado.

O corpo de Pelé saiu do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, às 2h desta segunda-feira, e foi escoltado pelo Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar durante o trajeto até o estádio do Santos Futebol Clube. O translado durou menos de duas horas.

Nos arredores da Vila Belmiro, integrantes de torcidas organizadas do clube esperavam a chegada do maior jogador de futebol da história. Eles soltaram fogos de artifício em homenagem ao camisa 10.

Fãs viajaram de outros estados

Por volta das 7h, muita gente que viajou para prestar a última homenagem ao ídolo já chegava à Vila Belmiro. Pelé morreu na última quinta-feira (29/12), em decorrência de um câncer no cólon.

O metalúrgico aposentado Airton Carvalho, de 60 anos, veio de Jundiaí com toda a família – filha, filho e neto. “A gente veio prestar a homenagem para o maior. O que ele fez ninguém faz. O que os grandes jogadores fazem hoje ele já fazia lá atrás, e com gramados muito piores. Vai ficar um vazio muito grande para a gente, principalmente para a gente que é santista.”

Já a também aposentada Silene Rego, de 61 anos, mora em frente ao estádio santista há 10 anos e é uma assídua frequentadora dos jogos santistas. “Dia histórico. Não consegui dormir a noite toda. Santos não seria nada sem Pelé. O Santos tem essa torcida enorme por causa do Pelé.”

Antônio Rangel, de 65 anos, saiu de Curitiba na noite de domingo (1º/1), para estar logo cedo na Vila Belmiro. Ele, que costuma viajar para Santos para assistir a jogos do clube do coração, conta que a maior frustração de sua vida é não ter visto o rei jogar.

“Dia muito triste para o mundo inteiro. Sem comentários, só tristeza. Eu não consegui ver o rei jogar, mas sempre ouvi as histórias do meu pai”, contou Rangel.

Já o servidor federal Clodoaldo Leitão de Melo tem a história de vida intimamente ligada ao Santos. “Meu pai homenageou o Clodoaldo [ídolo do Santos] no meu nome. Então, eu vim para cá para homenagear o Pelé. “Significa muito para mim, é de coração. Por isso fiz esse sacrifício para vir”, afirma. Ele pegou um avião para ir de Cuiabá a Santos.


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