25/09/2022 às 10h24min - Atualizada em 25/09/2022 às 10h24min

Padre Kelmon vira auxiliar de Bolsonaro em debate

O candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon, fez sua estreia no debate presidencial como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Kelmon substituiu Roberto Jefferson, de quem era candidato a vice. O ex-cabeça de chapa teve sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Bolsonaro escolheu Kelmon para fazer sua 1ª pergunta no debate deste sábado (24.set.2022), no SBT. O presidente perguntou ao petebista sobre a “amizade” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –que não foi ao encontro– com o líder da Nicarágua, Daniel Ortega.

Em dobradinha, Kelmon concordou com as críticas do atual presidente em relação à perseguição religiosa no país da América Central. “Essa é uma situação que não queremos no Brasil. Vamos ficar atentos”, declarou o candidato.

“Corremos os mesmos riscos que corre o povo da Nicarágua, com perseguição ferrenha aos cristãos. O ditador da Nicarágua é amigo do grupo do Foro de São Paulo”, disse Kelmon sobre o grupo de partidos de esquerda da América Latina que virou assunto nos debates de 2018 com o então candidato Cabo Daciolo.

Em outro momento, Kelmon se colocou ao lado de Bolsonaro como o único candidato da direita à Presidência. Disse que antes de estrear no debate, eram “5 contra 1”, se referindo aos demais candidatos como representantes da esquerda.

“Agora são 5 contra 2 porque somos candidatos de direita”, declarou. No entanto, eram 6 candidatos presentes ao debate no SBT.

Segundo o autodeclarado padre, o PTB é o “único partido que se orgulha de ser de direita e conservador”.

Ainda no campo ideológico, Kelmon convidou os eleitores para “olhar para candidatos que defendem […] a vida, Deus, pátria e família”. O lema é cunhado por Bolsonaro desde a campanha de 2018.

O candidato do PTB também defendeu o chefe do Executivo das críticas dos adversários no debate. Afirmou que postulantes ao Planalto monopolizaram os “ataques” ao 2º colocado nas pesquisas de intenção de voto. “Nós temos todos os candidatos aqui atacando 1 só: o presidente da República”, declarou.

Bolsonaro também escolheu Kelmon para responder em outro bloco do debate. Perguntou ao padre sua opinião sobre a política do “fica em casa” e o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600. Kelmon criticou o isolamento durante a pandemia da covid-19 e elogiou o presidente por causa do benefício.

“A minha opinião é o que o senhor tem ajudado muito esse país. E nós estamos vendo aqui um massacre, nunca tinha visto isso na minha vida. Cinco partidos que se juntaram para bater no presidente da República com falácias, com mentiras, inventando”, criticou Kelmon

O presidente também usou o candidato do PTB como escada ao mirar no voto feminino e no Nordeste. Disse que “levou água” para a região e que preza pela “mulher forte”. Kelmon novamente concordou e exaltou as políticas do governo federal. E criticou os adversários por não criticarem o PT.

“Será que o presidente da República não fez algo de bom para o Brasil? Vocês só enxergam maldade, corrupção? Foram 13 ou 14 anos de governo do PT”, afirmou.

Durante o 3º bloco, o mediador do debate, o jornalista Carlos Nascimento, chamou o candidato do PTB de Padre “KelmÔN”, como se fosse uma oxítona. Em seguida, o próprio postulante o corrigiu, usando a pronúncia correta: “KÉLmon”, como uma paroxítona. 


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